Caso Hotel da Ilha: denunciados por tentativa de homicídio vão a júri na segunda (07)

Será realizado na próxima segunda-feira (7), a partir das 9h, no Fórum Criminal de Vitória, o Tribunal do Júri para o julgamento de quatro réus denunciados pelo crime de tentativa de homicídio qualificado contra Juan Aurélio Gomez Fernandez, dono de um hotel no bairro Andorinhas, na Capital.

O crime ocorreu no dia 31 de março de 2022, no Hotel da Ilha, de propriedade de Juan Aurélio. Na ocasião, os réus Carlos de Matos Lopes, Davi da Purificação Neves e Gabrielly de Paula Batista (companheira de Carlos), a mando de Macário Almeida Souza da Silva, desferiram várias facadas contra a vítima, de 64 anos.

Conforme a denúncia do MPES, Macário possuía dívidas com Juan Aurélio referentes ao aluguel de um bar na parte térrea do hotel. O réu, insatisfeito com as cobranças, planejou o assassinato para se livrar da obrigação financeira.

No dia do crime, Macário desligou toda a iluminação do hotel, já que o disjuntor de energia se localizava no bar, para facilitar a ação dos comparsas. Carlos, Davi e Gabrielly entraram no local e foram até o quarto da vítima, que imaginou ser hóspedes reclamando da falta de energia.

Ao abrir a porta, Gabrielly iluminou o local com a lanterna do celular, enquanto Carlos esfaqueou a vítima e Davi ficou na contenção para garantir a execução do crime. Além da faca usada no crime, Carlos também portava uma arma de brinquedo.

Após ser ferida, a vítima fingiu-se de morta e conseguiu ser socorrida posteriormente por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), recebendo atendimento hospitalar e conseguindo assim sobreviver ao crime.

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da 14ª Promotoria de Justiça Criminal de Vitória, atuará pela condenação dos réus pelo crime de tentativa de homicídio qualificado: por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e contra pessoa idosa.

Outros crimes

Além da tentativa de homicídio qualificado, o réu Carlos de Matos Lopes ainda responde por outros crimes cometidos na ocasião. Após a vítima ser encaminhada ao hospital, Carlos voltou ao hotel, subtraiu diversos bens de Juan Aurélio e abusou sexualmente de uma mulher que estava no local. Esses outros crimes são descritos em outros processos.

Desta forma, Ministério Público reafirma seu compromisso com a promoção da justiça e a proteção dos direitos fundamentais, atuando firmemente no combate à criminalidade e na defesa dos interesses da sociedade.

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