Elon Musk, um dos principais nomes do setor de tecnologia e atual conselheiro da administração de Donald Trump, deve encerrar sua atuação formal no governo norte-americano em breve. A informação foi publicada pelo site norte-americano Político, com base em relatos de três fontes próximas à Casa Branca.
Segundo os informantes, a saída foi decidida de forma consensual entre o presidente e o bilionário. Eles afirmaram que Trump está satisfeito com a colaboração de Musk à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), função que ocupa como “funcionário especial do governo“, com isenção temporária de certas normas éticas e de conflito de interesses — um regime válido por 130 dias.
Qual será o próximo passo de Elon Musk?
Apesar da saída oficial, membros do governo indicaram que Musk pode seguir como conselheiro informal. Um alto funcionário afirmou ao site que ele deve continuar presente nos bastidores da Casa Branca, mantendo influência sobre decisões estratégicas. Outro interlocutor destacou que o empresário “não vai desaparecer completamente da órbita de Trump“.
A possível transição ganhou força após uma reunião do gabinete realizada em 24 de março, com a presença de Musk. Durante o encontro, o presidente norte-americano fez um agradecimento público. “Elon, quero agradecer a você. Sei que você passou por muita coisa”, declarou Trump, referindo-se a ameaças de morte e ataques a veículos da Tesla. Na sequência, o chamou de “patriota” e “amigo meu”.
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Na última quinta-feira, em entrevista à Fox News, Musk indicou que seu ciclo no governo poderia estar chegando ao fim. Questionado sobre o fim de seu status especial, ele respondeu. “Acho que teremos realizado a maior parte do trabalho necessário para reduzir o déficit em US$ 1 trilhão dentro desse prazo.”
Já na noite de segunda-feira (31), Trump voltou ao tema diante de jornalistas. “Em algum momento Elon vai querer voltar para sua empresa.” E completou: “Ele quer. Eu o manteria enquanto pudesse mantê-lo.”
A saída de Musk ocorre em meio a crescentes tensões dentro do governo. Fontes ligadas à Casa Branca relataram ao Político que a postura imprevisível do empresário tem gerado desconforto entre integrantes da administração e aliados políticos.
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