
Criado em 1997 pelo Sistema Faesp/Senar-SP, o Centro de Agricultura do Estado de São Paulo (Caesp) surgiu com a missão de dar suporte aos sindicatos rurais e buscar maneiras de facilitar a vida dos produtores paulistas.
Quem ocupa a superintendência do centro é Rogério Maluf, produtor rural e presidente do Sindicato Rural de Monte Mor, onde foi vereador por dois mandatos – tendo ocupado a presidência da Câmara Municipal – e vice-prefeito.
A atuação política, segundo ele, já era voltada às demandas dos sindicatos rurais e ao desenvolvimento do setor agropecuário, missão que lidera agora no Caesp, em que afirma buscar parcerias para aproximar o campo de empresas que oferecem soluções inovadoras e negócios focados na sustentabilidade financeira e no fortalecimento do setor produtivo.
Para atender às demandas do agro, principalmente nas questões ambientais, jurídicas e tecnológicas, Maluf explica que foi preciso aprimorar a forma de atuar, ouvindo sindicatos e produtores, para que as demandas estejam alinhadas às necessidades deles, principalmente em períodos de incertezas e considerando um cenário de mudanças que o setor atravessa.
Durante o período de existência do Caesp, um dos objetivos apontados foi originar caminhos para o desenvolvimento do agro paulista, por meio da disponibilização de ferramentas intuitivas e de fácil aplicação pelos produtores rurais. Que balanço é possível fazer sobre isso?
Desde sua criação, o Caesp desempenha um papel crucial como um elo dinâmico entre sindicatos rurais, produtores e empresas. Nossa atuação tem se destacado na ampliação do suporte aos sindicatos rurais e no desenvolvimento de soluções por meio de negócios e serviços que facilitam o dia a dia dos produtores. Criamos parcerias importantes para o acesso a serviços essenciais, como consultorias financeiras, suporte técnico, contábil, fiscal e jurídico, além de benefícios exclusivos. Além disso, o fortalecimento do diálogo com o setor produtivo permitiu avanços na regularização ambiental, na defesa dos interesses do agro paulista e na profissionalização da gestão sindical.
Durante a pandemia de Covid-19, o Caesp intensificou os trabalhos. Qual foi a importância da atuação na crise sanitária e como o aprendizado daquele momento se reflete nas ações de hoje?
A pandemia trouxe desafios inéditos para todos os setores, e o agronegócio não foi exceção. O Caesp atuou em um momento crítico e rapidamente se mostrou essencial ao garantir que os sindicatos rurais tivessem suporte para atender seus associados em um período de incertezas. Com o apoio da Faesp, desenvolvemos parcerias com empresas para canais de atendimento remoto, criamos plataformas digitais para a venda de produtos, intensificamos a disseminação de informações estratégicas e fortalecemos a representatividade do setor em um cenário desafiador. Esse aprendizado nos mostrou a importância da digitalização e da comunicação ágil com os sindicatos rurais e produtores, algo que continuamos aprimorando para tornar nossos serviços ainda mais acessíveis e eficientes. [Antes da pandemia] o Caesp já existia como uma estrutura institucional ligada à Faesp, mas sua atuação estava limitada. Nos últimos dois anos, intensificamos sua reestruturação para fortalecer comercialmente os sindicatos rurais e ampliar o suporte ao produtor. Era essencial modernizar a forma de atendimento e oferecer soluções mais alinhadas às novas demandas do setor. Hoje, o Caesp funciona como um centro de apoio dinâmico, conectando sindicatos, produtores e empresas parceiras com descontos em produtos e serviços para impulsionar o desenvolvimento do agro paulista.

Quais as principais conquistas e desafios nesse trabalho de mediação entre Faesp, sindicatos rurais, produtores e empresas?
O Caesp é um elo de convergência comercial entre os sindicatos rurais dentro do Sistema Faesp/Senar-SP, garantindo que as demandas do campo sejam ouvidas e atendidas com mais eficiência. Conseguimos estreitar esse relacionamento por meio de um atendimento mais próximo e personalizado com nossas empresas parceiras. Entre as conquistas, destaco a maior agilidade na resolução de questões administrativas e contábeis, o levantamento de créditos de ICMS, um plano de saúde diferenciado para produtores e trabalhadores rurais, e o fortalecimento da representatividade do setor. O grande desafio continua sendo manter essa conexão ativa e adaptável às constantes mudanças no cenário agropecuário e sindical patronal.
Entre as missões apontadas no projeto do Caesp, estão a ampliação da capacitação técnica e criação de câmaras de conciliação para assuntos jurídicos. O centro tem conseguido avançar nessas questões?
Sim, avançamos significativamente nesses dois pontos. Ampliamos a oferta de capacitação técnica por meio de parcerias estratégicas, incluindo a Faculdade CNA, que hoje possui um polo dentro do Caesp, levando ensino superior voltado ao agronegócio. No âmbito jurídico, contamos com o suporte de advogados da Faesp para fortalecer e assessorar os sindicatos rurais, oferecendo orientação especializada e atuando na mediação de conflitos. Isso tem evitado litígios e promovido soluções mais rápidas e eficazes.
Quais as perspectivas para a atuação do Caesp nos próximos anos?
Nosso foco é expandir ainda mais nossas parcerias comerciais e o suporte aos sindicatos rurais e aos produtores. Queremos fortalecer as colaborações com instituições de ensino, tecnologia e serviços, além de aprimorar a digitalização dos atendimentos. Continuaremos trabalhando para ampliar o acesso a benefícios exclusivos e reforçar nossa atuação na regularização ambiental e jurídica do setor. O agro paulista é dinâmico e exige soluções cada vez mais modernas e eficientes, e o Caesp está preparado para enfrentar esse desafio. É importante destacar que o sucesso do Caesp se deve à colaboração com o Sistema Faesp/Senar-SP, aos sindicatos rurais e à confiança dos produtores. Estamos sempre abertos a novas ideias e demandas do setor, pois acreditamos que um agro forte se constrói com diálogo, inovação e união. Seguimos comprometidos em trabalhar pelo crescimento do agronegócio paulista, oferecendo soluções que facilitem a vida de quem produz e movimenta a economia do estado.
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