Preso na Ezeiza Penal Colony, na Província de Buenos Aires, o motoboy Rodrigo de Freitas Ramalho, de 35 anos, e condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por causa do 8 de janeiro, escreveu uma carta de dentro do cárcere.
Casado, Ramalho é pai de duas crianças pequenas. Tanto a mulher quanto os filhos têm uma doença rara chamada de “ossos de vidro”. Desde que recebeu o veredito do STF, no ano passado, ele decidiu sair do Brasil para morar na Argentina.
No país, obteve um documento de permanência provisória para ter tempo de regularizar a sua situação. Nesse ínterim, trouxe a família e passou a viver em La Plata. O sonho de um recomeço foi interrompido quando Ramalho dirigiu-se para renovar o documento alguns meses depois da chegada. Isso porque havia um mandado de prisão contra ele, expedido por um juiz argentino, a pedido das autoridades brasileiras. “Fui preso na frente da minha família”, contou Ramalho, em uma carta obtida Oeste (leia o documento abaixo).
“Fui detido em 15 de novembro ao ir cumprir com o meu dever de renovar a minha precária de refugiado dentro do órgão de imigração”, contou. “Já não bastasse o sofrimento no Brasil, agora mais uma vez os meus filhos estão em tratamento psicológico, por motivos de depressão e pensamentos suicidas.”
Leia a íntegra da carta do preso do 8 de janeiro

Carta de Rodrigo by Cristyan Costa
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O post ‘Fui preso na frente da minha mulher e filhos’: a carta de um condenado pelo 8 de janeiro que fugiu para a Argentina apareceu primeiro em Revista Oeste.