Uma operação conjunta entre as autoridades de Portugal e Espanha resultou na interceptação de um submarino semissubmersível carregado com 6,5 toneladas de cocaína no oceano Atlântico. A apreensão ocorreu a mais de 3.000 quilômetros de Lisboa e cerca de 920 quilômetros dos Açores. Cinco tripulantes foram detidos, incluindo três brasileiros, um colombiano e um espanhol. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
O submarino partiu do litoral brasileiro com destino à Península Ibérica. Esta foi a primeira vez que um submarino semissubmersível foi interceptado em mar aberto, segundo a Guarda Civil espanhola. A operação, batizada de Nautilus, foi coordenada após um alerta do Centro de Análise e Operações Marítimas (Narcóticos), que reúne oito países da União Europeia e o Reino Unido para combater o tráfico de drogas nos mares.
Como foi realizada a operação Nautilus para a apreenção da cocaína?
A operação envolveu a colaboração de diversas entidades, incluindo a Guarda Civil da Espanha e o Departamento Central de Investigação e Ação Penal de Portugal. A Marinha Portuguesa mobilizou recursos da Componente Naval do Sistema de Forças, que incluíram patrulhas e fiscalização, além de projeção de força no oceano. A Força Aérea Portuguesa também desempenhou um papel crucial, realizando missões de vigilância e reconhecimento com radares de alta precisão.
O tráfico de drogas no Atlântico representa um desafio significativo para as autoridades de segurança marítima. A utilização de submarinos semissubmersíveis é uma tática cada vez mais comum entre organizações criminosas, permitindo o transporte de grandes quantidades de drogas de forma discreta. A operação Nautilus evidencia a necessidade de cooperação internacional para enfrentar essa ameaça crescente.
As autoridades enfatizam que os tripulantes do submarino “não são aprendizes” e foram treinados para a ação criminosa. A interceptação bem-sucedida do submarino demonstra a eficácia das operações conjuntas e a importância de compartilhar informações entre países para combater o tráfico de drogas.
Quais são os próximos passos na luta contra o narcotráfico marítimo?
O combate ao narcotráfico marítimo exige esforços contínuos e coordenados entre as nações. As autoridades planejam intensificar a vigilância e o monitoramento das rotas marítimas, além de investir em tecnologia avançada para detectar e interceptar embarcações suspeitas. A cooperação internacional continuará a ser um elemento-chave para enfrentar o tráfico de drogas e proteger as águas internacionais.
A operação Nautilus serve como um exemplo de como a colaboração entre países pode levar a resultados significativos na luta contra o crime organizado. A interceptação do submarino semissubmersível é um passo importante na proteção das fronteiras marítimas e na garantia da segurança global.
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