Março é o mês onde muitas ações são elaboradas para minimizar a violência contra as mulheres. E as escolas municipais de Aracruz estão participando, conforme a Lei Federal nº14.164/2021, do calendário municipal da rede de ensino, que estabelece o desenvolvimento de ações de prevenção.
Os eventos contam com palestras sobre o tema desenvolvido por profissionais que passam aos pais, mães, responsáveis, professores e funcionários, várias informações e conteúdos explicativos.
Esta semana, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef´s) Coqueiral, Nova Santa Cruz e a Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emefti) Itaparica tiveram palestras com o tema: Violência contra a Mulher: o que é? O que fazer?; com o psicólogo Renato Gonçalves da Silva que ressalta a importância desses momentos de diálogo.
“Pudemos discutir sobre a violência contra a mulher, que é definida como uma violência de gênero, e que atinge especificamente a mulher em sua condição. Diante disso, discutimos os diferentes modos de violência descritos na Lei Nº 11.340/2006, que além da violência física, menciona a violência psicológica, sexual, patrimonial e moral”.
O psicólogo detalha ainda que esse momento de diálogo aberto com a comunidade escolar amplia a percepção de violência cometida contra as mulheres. “Conversamos também sobre o que fazer diante da violência sofrida, se reconhecendo, antes de tudo, como vítima, responsabilizando o seu algoz e não a si mesma. Ela deve procurar apoio em uma amiga ou parente e denunciar por meio de canais como disque 180 ou a Delegacia especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) ”, explica.
Patrulha Maria da Penha
A Patrulha Maria da Penha do 5º Batalhão de Polícia Militar promove visitas tranquilizadoras às mulheres vítimas de violência doméstica com o intuito de fiscalizar as medidas protetivas concedidas a elas.
Esse suporte foi criado em 2016 com policiais especializados e que passaram por um curso justamente para conseguirem atender essas demandas dos municípios de Aracruz, Fundão, João Neiva e Ibiraçu, com as vítimas podendo ser visitadas durante 30 a 45 dias, de acordo com seus interesses.
O diretor da Escola Stherson Dias de Almeida afirmou que não conhecia esse serviço exclusivo, enfatizando a importância de ouvir os profissionais da segurança pública. “Eu, por exemplo, não tinha conhecimento desses serviços ofertados pelo 5º BPM, e é bom saber. Fico muito feliz quando conseguimos trazer pessoas para nos passar várias informações tão importantes, porque eu também aprendo muito. Às vezes, fazemos comparações com o nosso passado, e percebemos que é mais comum do que nós podemos imaginar. Essa visão e conhecimento que nos foram passados podem muito nos ajudar. Quero dizer a vocês, pais, que estou muito feliz em ver a melhora que todos nós conseguimos construir no nosso bairro e escola. Muito obrigado a todos”.
Policiais Civis e Militares palestrando sobre violência contra a mulher
Na última segunda-feira, 17, a Emef Paulo Freire, do bairro São Marcos recebeu as policias Civil e Militar, onde os próprios realizaram palestras. Pais e professores foram assistidos pela assistente social da Polícia Civil Ângela Maria Martins, que abordou a Lei Maria da Penha, e da cabo Raiane Soares de Miranda e do sargento Fábio Leonardo Santana Nascimento, que apresentaram os serviços oferecidos pela Patrulha Maria da Penha. Os policiais ainda abriram um espaço para sanar dúvidas e ouvir depoimentos.