
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) anunciou nesta terça-feira, 18, um acordo de cooperação para a transferência e internalização de tecnologia para a criação de um banco nacional de antígenos e vacinas contra a febre aftosa. A parceria foi firmada com a empresa argentina Biogénesis Bagó.
Segundo o documento assinado, durante a conferência internacional de “Prevenção da febre aftosa: salvaguardando a pecuária, meios de subsistência e economias”, realizada em Curitiba (PR), o objetivo do banco nacional é ser um estoque estratégico de insumos para a rápida formulação de uma vacina em caso eventual de enfrentamento da doença.
Atualmente, o Brasil é um país livre de febre aftosa sem vacinação e espera receber o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desse novo status sanitário em maio, durante Assembleia Geral da entidade. Os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso já têm essa chancela internacional.
O diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss, explica que o instituto entende a relevância do novo status sanitário brasileiro, por isso, apresenta essa iniciativa para apoiar o Brasil. “O banco vem neste sentido: ser uma ferramenta para rápida formulação de vacinas para conter um surto localizado e evitar que a doença se espalhe”, disse em nota.
Para o country manager da Biogénesis Bagó, Marcelo Bulman, ter um banco de antígenos, além de ser um dos pré-requisitos para a obtenção do certificado internacional, representa uma importante estratégia para garantir a segurança sanitária do país. “A Biogénesis Bagó é responsável pelo banco de antígenos da Argentina desde 2000, dos EUA e Canadá desde 2006, além de países como Taiwan e Coréia do Sul. No Brasil, unimos a nossa experiência global com toda a expertise do Tecpar em saúde animal para que o país esteja seguro para qualquer emergência sanitária”, destacou.
Como o banco irá funcionar?
O banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa irá manter congelados sorotipos específicos da febre aftosa para a produção em até 72 horas de imunizantes para serem distribuídos a todo o território nacional em caso de focos de febre aftosa. O projeto já foi protocolado no Ministério da Agricultura e Pecuária, dando início às tratativas com o Governo Federal para a sua implantação.
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