PSDB discute união com PSD de Kassab e planeja candidatura para 2026

Em crise prolongada, o PSDB busca estratégias para se manter relevante no cenário político e avança em negociações com o PSD, presidido por Gilberto Kassab, visando uma fusão que pode definir seu futuro.

O presidente do PSDB paulista, Paulo Serra, já realizou encontros com Kassab para tratar da possível união, enquanto Marconi Perillo, presidente nacional da legenda, afirmou que diferentes alternativas estão sendo analisadas. A federação com o Cidadania, formada em 2022, não conseguiu evitar o declínio do partido, que enfrenta disputas internas e desafios judiciais.

Antigamente uma força dominante, com dois mandatos presidenciais consecutivos (Fernando Henrique Cardoso entre 1994 e 2002) e quase 30 anos à frente do governo paulista, o PSDB viu sua influência diminuir drasticamente nos últimos anos. A saída de nomes como Geraldo Alckmin para o PSB e Aloysio Nunes ilustra a fragilidade atual, agravada pela incapacidade de eleger vereadores em São Paulo e Belo Horizonte nas últimas eleições municipais.

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Após uma parceria conturbada com o Cidadania, o partido agora avalia ampliar a federação, incluindo o Solidariedade, embora negociações com o PDT tenham sido descartadas devido à proximidade deste com o governo federal.

A fusão com o PSD é vista como o caminho mais viável para garantir a sobrevivência política, mas depende de aprovação do Cidadania e de superar divergências internas.

Com o foco em superar a cláusula de barreira — que exige um desempenho mínimo nas eleições para deputados federais para assegurar acesso a recursos e tempo de propaganda eleitoral —, o partido aposta no governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, como principal nome para disputar a sucessão de Lula em 2026. Contudo, a reestruturação da sigla será imprescindível para viabilizar essa estratégia.

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