Governo Lula reduz em R$ 200 milhões verba para desastres ambientais

O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu reduzir o orçamento destinado à gestão de riscos e desastres ambientais em 2025. A verba será de R$ 1,7 bilhão, uma queda de R$ 200 milhões em relação aos R$ 1,9 bilhão alocados em 2024. O corte ocorre depois de um ano marcado pela tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, por um recorde de queimadas no Pantanal e pelo aumento da seca na Amazônia.

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O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) apontou que as emendas parlamentares para desastres climáticos também caíram de R$ 69,9 milhões, em 2024, para R$ 39,1 milhões, em 2025. Historicamente, o governo federal investiu, em média, R$ 2,3 bilhões anuais no programa de gestão de riscos.

A baixa nos investimentos ocorre justamente no ano em que o Brasil vai sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em novembro, em Belém (PA).

Impactos da redução de orçamento em 2025

Em 2024, o governo autorizou R$ 6,9 bilhões em créditos extraordinários para desastres. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) atualizou a lista de municípios vulneráveis. De acordo com o órgão, a Bahia, o Espírito Santo e Pernambuco têm 42,7% da população em áreas de risco.

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Pernambuco recebeu uma emenda parlamentar específica de R$ 400 mil para contenção de encostas. O Ministério da Integração declarou que os créditos extraordinários de 2025 vão depender das condições climáticas.

Investimentos do governo Lula, segundo ministério

Desastre natural no Rio Grande do Sul
As enchentes no Rio Grande do Sul deixaram mais de cem pessoas mortas | Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

O Ministério das Cidades afirmou que houve um aumento de R$ 19 milhões em seu orçamento para ações de prevenção, destinando R$ 658 milhões para 2025. Ano passado, foram R$ 639 milhões. O governo federal vai destinar R$ 15,8 bilhões terão como destino obras de drenagem e R$ 1,7 bilhão contenção de encostas.

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“Sob o governo Lula, foram garantidos os maiores investimentos para ações preventivas, com R$ 15,8 bilhões destinados a obras de drenagem e R$ 1,7 bilhão para contenção de encostas”, garantiu a pasta. “O ministério reforça que os investimentos em infraestrutura e planejamento seguem como prioridade para a promoção de cidades mais resilientes e seguras”.

O Ministério da Ciência e Tecnologia disse que incluiu uma proposta de R$ 19,9 milhões para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em 2025. Em 2024, a dotação inicial foi de R$ 19,1 milhões.

Contudo, sofreu cortes, caindo para R$ 14,8 milhões. As informações são da Folha de S.Paulo.

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