Vidro, pilhas e papel: entenda como descarte irregular pode causar incêndios espontâneos em dias quentes


Com altas temperaturas, materiais que estão jogados em áreas de mata podem dar origem ou servir de alimento para incêndios. Descarte irregular de vidro pode gerar incêndio espontâneos em dias quentes
Reprodução/EPTV
A maioria das queimadas começa de forma criminosa, envolvendo algum tipo de ação direta do homem. No entanto, é possível que o fogo comece de forma espontânea em situações específicas, principalmente, em locais de descarte de lixo.
Em janeiro deste ano, uma empresa de reciclagem de Valinhos (SP) foi consumida pelo fogo. A suspeita da Defesa Civil é de que o calor de 35ºC tenha causado ignição espontânea, pois o terreno tinha uma grande quantidade de plásticos e papeis.
À EPTV, afiliada da TV Globo, o ambientalista Allan Duarte deu detalhes sobre materiais que podem gerar esse risco. Veja abaixo:
🔎 Vidro: esse tipo de material concentra raios solares e cria o efeito de uma lupa. Quando refletido em uma vegetação seca ou algum material inflamável, como madeira, plástico ou tecido, pode dar início à combustão.
🔋 Pilhas e baterias: quando descartadas de forma incorreta e expostas a altas temperaturas, elas podem esquentar, gerar faísca e até explodir. Se isso ocorre perto de outros materiais inflamáveis ou vegetação seca, o fogo se espalha.
📝 Papel, plástico e tecido: embora seja rara a possibilidade desses materiais pegarem fogo sozinhos, eles podem servir de alimento para as situações citadas anteriormente, como a explosão de baterias, o efeito lupa com vidro e as faíscas de uma linha férrea, por exemplo.
Descarte correto é fundamental
O fogo espontâneo é pouco comum, mas extremamente perigoso. Ele pode resultar em incêndios incontroláveis e que causam danos significativos às pessoas e ao meio ambiente. Por isso, o combate e a prevenção são fundamentais.
Uma forma de fazer isso é evitar que esses materiais fiquem expostos, ou seja, combatendo o descarte irregular. “Tomar como cultura no dia a dia, não jogar bituca de cigarro, não descartar materiais em local inadequado”, diz o ambientalista.
“Existe a cultura da limpeza do quintal, muitas vezes, com fogo. Isso também precisa ser evitado. Além de ser um vetor de propagar um incêndio de maiores proporções, mesmo sendo de pequena proporção, também cria esse efeito que estamos vivendo hoje”.
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