Polícia diz que motorista de aplicativo foi morto no ES por pedir guarda compartilhada da filha de 5 anos


Polícia concluiu as investigações e prendeu três suspeitos. Pai entrou na Justiça, mas namorado da ex não aceitou a aproximação e planejou o crime no Carnaval deste ano, na Serra. Motorista de aplicativo morre por causa da guarda da filha
Três homens foram presos pela morte de um motorista de aplicativo na Serra, Grande Vitória, no Carnaval deste ano. Marlon Jordan Rufino, de 28 anos foi morto a tiros e coronhadas. A investigação da Polícia Civil revelou que a execução do motorista foi planejada por um dos suspeitos porque a vítima queria a guarda compartilhada da filha de 5 anos.
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Gabriel Ferreira Adão, Arthur Ribeiro Brandão e Roger Passos Gonçalves foram presos suspeitos de matarem Marlon em fevereiro deste ano, na segunda-feira de Carnaval. O motorista voltava para a casa com a namorada quando foi morto.
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O delegado e chefe do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Sandi Mori disse que, Inicialmente, a polícia tratava o caso como latrocínio, mas durante as investigações, descobriram que Marlon entrou na Justiça para pedir a guarda compartilhada da filha com a ex-companheira. Na época, a mulher namorava com um dos presos, Gabriel.
“Marlon morreu porque estava lutando pela guarda da filha, ele era extremamente apaixonado pela filha, era um ótimo pai e estava tendo dificuldade de visitar a filha. Por essa razão, por um direito a uma visitação regulamentada e o estabelecimento de uma pensão justa, ele foi morto pelo Gabriel. Ele que tomou as dores da namorada e acabou decidindo matar o Marlon com a ajuda do Arthur e do Roger”, disse Sandi Mori.
Gabriel Ferreira Adão, Arthur Ribeiro Brandão e Roger Passos Gonçalves foram presos por planejar e matar motorista de aplicativo que lutava pela guarda da filha de 5 anos na Serra, Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Segundo a polícia, Gabriel é um dos gerentes do tráfico na região, e teria ficado incomodado com a ação do pai de se aproximar da criança e executou Marlon.
Momento do crime
Imagens divulgadas pela polícia mostram Gabriel dando coronhadas na vítima. O delegado explicou que isso aconteceu após Gabriel ter disparado contra Marlon, que cai no chão.
“Marlon e a namorada estavam curtindo na madrugada do dia 12 de fevereiro de 2024 e quando eles retornavam para casa, ao se aproximar do veículo foram surpreendidos pelo Gabriel, que estava portando um revólver calibre 38, e pelo Arthur. O Gabriel e o Marlon entraram em luta corporal, tendo o Gabriel efetuado um disparo de arma de fogo que atingiu o peito da vítima, fazendo com que ela caísse ao chão. Com a vítima já caída ao chão, o Gabriel tentou efetuar mais disparos, porém a sua arma mascou, fato que fez com que ele passasse a desferir várias coronhadas no rosto da vítima”, explicou o delegado.
Ele tenta disparar outras vezes. A arma falha, e o suspeito segue com as agressões. Já o Arthur, o suspeito de camisa branca, segura a namorada do Marlon.
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Gabriel Ferreira Adão, Arthur Ribeiro Brandão e Roger Passos Gonçalves mataram Marlon Jordan Rufino com tiros e coronhadas na Serra, Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
A menina consegue se soltar do suspeito, mas Gabriel ainda tentou disparar contra a namorada de Marlon, e novamente, a arma falhou.
“Antes de sair do local do crime, o Gabriel ainda encosta sua arma de fogo na boca da namorada da vítima e efetua um disparo de arma de fogo. Porém, felizmente, a arma mascou novamente , impendido que ocorresse uma tragédia ainda maior”, pontuou o delegado.
O terceiro suspeito, o Roger, aparece em outro vídeo, antes da execução. O papel dele foi monitorar a presença da polícia, para que os outros dois, conseguissem cometer o homicídio.
O primeiro a ser preso foi o Roger no dia 23 de maio de 2024. Ele confessou o crime, e descreveu a dinâmica com riqueza de detalhes e relatou a coautoria do Gabriel e do Arthur. O Gabriel é um indivíduo de alta periculosidade. Ele é investigado em outros crimes também e tinha participação de gerência do tráfico do ponto final do bairro Feu Rosa. Ele nega a participação no crime, porém entra em contradição em várias partes do seu depoimento. Os três já são réus em ação penal que tramita perante a Terceira Vara Criminal do Júri da Serra”, disse o delegado.
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