Entenda como queimadas na Amazônia deixam dias ‘cinzentos’ e prejudicam qualidade do ar na região de Campinas


Nuvem de fumaça deve permanecer até sexta-feira (6), reduzindo a visibilidade e aumentando concentração de poluentes, segundo Cepagri. Veja como se proteger. Falta de chuva e fumaça de queimadas prejudicam a qualidade do ar em Campinas
Como reflexo das queimadas na Amazônia, a região de Campinas (SP) registrou céu “cinzento” e visibilidade reduzida nesta terça-feira (3). Segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas da Unicamp (Cepagri), a nuvem de fumaça que paira sob o estado de São Paulo deve se manter até sexta (6), reforçando a necessidade de cuidados com a saúde.
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☁️ Isso porque, além de trazer um aspecto “opaco” ao céu, a fumaça das queimadas aumenta a concentração de poluentes na atmosfera em meio a uma sequência de dias sem possibilidade de chuva e com temperaturas elevadas, conforme explica o meteorologista Bruno Bainy.
“A gente tem três situações bastante importantes e é fundamental que as pessoas se atentem: essa sequência de dias com temperaturas muito elevadas; baixa umidade relativa do ar, que desidrata, resseca e causa desconforto nas vias respiratórias e nas mucosas; e a poluição atmosférica que também reforça esse desconforto e potencializa os impactos negativos para a nossa saúde”, detalha.
Região de Campinas registrou dia ‘cinzento’ causado por queimadas na Amazônia
Reprodução/EPTV
Como a fumaça chegou à região?
🌬️ Segundo Bainy, o denso corredor de fumaça se moveu em direção ao Sul do país por conta de uma frente fria que passou pelo oceano na segunda-feira (2). “Esse escoamento foi defletido, então canalizou toda a fumaça em direção ao estado de São Paulo, e ocasionou esse céu opaco, mais carregado, parecendo até uma nebulosidade”, explica.
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Ainda de acordo com o meteorologista do Cepagri, a nuvem continua sob a região nos próximos dias e pode se intensificar na quinta-feira (5), com a aproximação de uma nova frente fria. “A gente vai ter novamente canalização para o estado de São Paulo desse escoamento atmosférico, então voltando a transportar poluição aqui para cá”.
“A gente deve ter essa situação amenizada na sexta-feira devido à passagem da frente fria pelo oceano, mas que deve melhorar um pouco a qualidade do ar em termos tanto da umidade quanto da concentração de poluentes. Até lá a gente vai conviver com esse aspecto na atmosfera”, prevê.
O “alívio” maior deve chegar na segunda quinzena de setembro, de acordo com Bainy. A expectativa é que as ocorrências de chuva aumentem até outubro, quando há “mais propriamente a estação chuvosa”.
Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri
Reprodução/EPTV
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