Coreógrafa Carlota Portella morre no Rio aos 74 anos


Ela foi jurada técnica do quadro Dança dos Famosos, no Domingão do Faustão, coreografou a abertura dos Jogos Panamericanos no Rio, em 2007, e formou vários profissionais na escola de jazz que manteve por mais de 30 anos. Coreógrafa Carlota Portella morre no Rio aos 74 anos
Reprodução/Globoplay
Morreu neste sábado (31), em Teresópolis, no Rio de Janeiro, a coreógrafa Carlota Portella.
Falar em dança, em dar potência ao corpo, em se movimentar ao som de música. Escolher ser alegre dançando, dedicar a vida à coreografia. Tudo isso é quase um retrato de Carlota Portella.
A coreógrafa carioca tinha só 6 anos quando iniciou no balé clássico. Morou e estudou em Paris e, na Academie Internationale de Dance, se apaixonou também pelo jazz.
“Sou extremamente exigente. É da minha natureza. Eu acho que isso é uma das qualidades muito interessantes na dança, eu acho importante”, afirmava.
Em 1976, ganhou bolsa de estudos da Unesco para o curso de animação e administração cultural de ballet na Ópera de Paris. De volta ao Rio, em 1981, criou a companhia de dança Vacilou, Dançou.
Seus espetáculos correram todo o Brasil, além de Itália, França, México, Inglaterra e Alemanha.
Premiada também em festivais internacionais, Carlota Portella se tornou uma referência em coreografia.
Ela foi jurada técnica do quadro Dança dos Famosos, no Domingão do Faustão e coreografou a abertura dos Jogos Panamericanos no Rio, em 2007.
Carlota formou vários profissionais na escola de jazz que manteve por mais de 30 anos.
Leva a assinatura dela trabalhos marcantes na televisão, como a coreografia em comemoração aos 10 anos do Fantástico.
Carlota Portella tinha 74 anos. Durante a madrugada deste sábado (31), sentiu dores no peito por causa de um infarto. Ela morreu na casa onde costumava ficar uma boa parte do tempo, em Teresópolis, na região serrana.
Vai ser enterrada neste domingo (1º), no cemitério São João Batista, no Rio. Amigos e admiradores acordaram com a notícia triste e prestaram homenagens à coreógrafa.
“Ela sempre foi uma mulher de muito humor, muita competência, de muita sensibilidade. Hoje a cultura do nosso país fica mais pobre”, afirma Ana Botafogo.
“Muito importante em uma época em que a dança não tinha muito espaço e era muito marginalizada. Todos nós estaremos aqui, dançando sempre, em sua homenagem, Carlota, em respeito a você e por tudo que você fez pelo cenário da dança no Brasil”, exalta Carlinhos de Jesus.

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