
Um jovem de 17 anos, morador de Itapetininga, no interior de São Paulo, está entre os 30 melhores do mundo e viajou aos Estados Unidos para participar de um torneio mundial de CrossFit. Apaixonado pela modalidade desde a infância, por influência dos pais, ele vai representar o Brasil na competição destinada à adolescentes.
O que começou como um presente de aniversário, se tornou uma parte da vida de Guilherme Augusto Celestino, que além de querer entrar na faculdade, deseja seguir profissionalmente com a vida de “crossfiteiro”.
“Ele começou com 13 anos e como presente de aniversário. O interesse pela modalidade veio de nós (pais) que também fazemos o CrossFit”, explica o pai de Guilherme, Sandro Augusto Celestino, de 45 anos.
Ao g1, o jovem contou que foi se inspirando na família que começou a treinar e se dedicar cada vez mais à modalidade, até que teve a oportunidade de participar de uma seleção online para o evento internacional de CrossFit.
Neste processo seletivo, ele precisou passar por várias etapas, desde a fase inicial às quartas de final, semifinal até ficar no ranking de classificação dos 30 melhores do mundo.
Guilherme treina CrossFit desde os 13 anos em Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal/Sandro Celestino
“O principal desafio é você conseguir melhorar todas as deficiências, porque o CrossFit é uma modalidade multiesportiva, de modo que complementa natação, corrida, resistência muscular, cardiovascular, força e isso de uma maneira bem intensa”, relata Guilherme.
A edição deste ano do torneio que Guilherme está participando, começou nesta sexta (30) e segue até dominho (1º) em Kalamazoo, no Michigan. O CrossFit Teens é uma competição destinada à jovens entusiastas do CrossFit, com 30 participantes em cada uma das quatro categorias, são elas: feminino e masculino 14 e 15 anos e feminino e masculino 16 e 17 anos.
Guilherme Celestino, de Itapetininga (SP), ficou entre os 30 melhores do mundo na categoria jovem de CrossFit
Arquivo pessoal/Sandro Celestino
Guilherme, seu pai Sandro e um amigo da família embarcaram com destino à América do Norte na última quarta-feira (28). Esta está sendo a primeira experiência internacional do jovem atleta e de seu pai, e ambos estão vislumbrados pois nunca imaginaram que viveriam este momento.
“Estamos orgulhosos, tanto eu quanto minha esposa. Gastamos o valor de um carro para poder estar aqui e realizar o sonho dele e de muitos atletas de CrossFit do Brasil”, destaca o pai de Guilherme.
Sandro e Guilherme Celestino, de Itapetininga (SP), estão tendo a primeira experiência internacional da vida deles na competição de Crossfit em Michigan, nos EUA
Arquivo pessoal/Sandro Celestino
Estar comemorando esta conquista hoje, exigiu de Guilherme uma rotina de treinos intensos e específicos, justamente pela modalidade exigir habilidades como força e resistência.
Sandro explica que o filho treina pelo menos cinco vezes por semana há dois anos. Nestes dias de treino, em três deles ele treina duas vezes. O menino também faz acompanhamento com nutricionista e uma psicóloga.
“Participar de uma competição mundial de CrossFit é algo inexplicável, principalmente porque estar entre os melhores do mundo é algo muito difícil pela dificuldade de encontrar apoio e incentivo no interior do estado. Mas também é um indicativo muito grande que estamos no caminho certo e que podemos realizar os nossos sonhos se a gente acreditar e ter disciplina”, enfatiza Guilherme.
Guilherme Celestino, de Itapetininga (SP) foi selecionado via seleção online para disputar torneio de CrossFit em Michigan, nos EUA
Reprodução/Instagram
Apesar agora ser atleta internacional e um dos 30 melhores do mundo, o rapaz ainda está cursando ensino médio e precisa conciliar suas demandas da vida social com as acadêmicas e com a vida de “crossfiteiro”.
Sendo um adolescente como qualquer outro, Guilherme gosta de sair com os amigos, jogar bola, ele também reserva um tempo para ouvir música e testar a mente no xadrez.
O jovem tem vontade de ingressar na faculdade estudar desenvolvimento de sistemas e também engenharia.
Além de atleta, Guilherme também quer estudar desenvolvimento de sistemas e engenharia
Arquivo pessoal/Sandro Celestino
*Colaborou sob a supervisão de Carla Monteiro
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