O corpo de um detento foi encontrado enterrado nas imediações da horta da Penitenciária Estadual de Vila Velha (PSVV), no Complexo de Xuri, após uma denúncia anônima recebida pela Subsecretaria de Administração Penitenciária na tarde da última sexta-feira (4).da Penitenciária Estadual de Vila Velha (PSVV), no Complexo de Xuri. A informação foi repassada à subsecretária de Administração Penitenciária, que imediatamente deslocou uma equipe ao local para verificar os fatos.
Após os primeiros levantamentos, um interno que atua na horta do presídio confirmou ter presenciado o assassinato de outro detento, ocorrido no dia 20 de janeiro deste ano. Segundo o relato, a vítima teria sido morta com um único golpe na cabeça, desferido por outro interno com uma ferramenta de trabalho utilizada no cultivo da horta. O corpo foi então transportado em um carrinho de mão até uma área de mata próxima a um pé de jaca, onde foi enterrado.
Ainda de acordo com o relato do detento, o crime teria sido motivado por uma discussão banal entre os envolvidos, dias antes, durante o horário de trabalho na horta. Ele também contou que o autor do homicídio teria sido visto na área de mata com ferramentas agrícolas, alegando que iria consertar uma cerca, no dia seguinte à discussão.
Na manhã de sábado (5), a ação contou com a presença de subsecretários da Secretaria da Justiça (Sejus), além de servidores do sistema penitenciário. Os internos envolvidos foram novamente ouvidos e, em seguida, o Corpo de Bombeiros Militar, com apoio da equipe K9 e cães farejadores, realizou buscas no local indicado. Durante a varredura, um corpo foi localizado enterrado, conforme descrito na denúncia inicial.
O local foi isolado e a Polícia Científica acionada para os procedimentos de perícia. O corpo foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por necropsia antes de ser liberado para os familiares.
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) informou ao ES Hoje que o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Crimes no Sistema Carcerário e Socioeducativo. Até o momento, nenhum suspeito foi formalmente detido. A população pode contribuir com informações, de forma anônima e gratuita, por meio do Disque-denúncia 181.
