
O cultivo de duas ou mais espécies em uma mesma área, conhecido como cultivo consorciado, tem sido tema de estudo na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). No Campo Experimental de Santa Rita, em Prudente de Morais (MG), os pesquisadores estão analisando o desenvolvimento conjunto do feijão mangalô com o milho crioulo.
Em nota, a pesquisadora da Epamig, Marinalva Woods, afirma que o objetivo é otimizar os recursos disponíveis para os produtores, promover a segurança alimentar e, ao mesmo tempo, valorizar práticas tradicionais por meio do resgate cultural. “O resgate e a manutenção dos milhos crioulos vem sendo realizado por produtores e empresas de pesquisa e, diante disso, vimos como uma oportunidade de inserção do cultivo do feijão mangalô, uma espécie que faz parte do grupo das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC)”, explica.
Primeiros resultados
Apesar de ainda estarem em fase inicial, os pesquisadores já observaram efeitos positivos dessa prática, como a presença de insetos benéficos na área de cultivo e um bom desenvolvimento das plantas, sem a ocorrência de danos causados por pragas e doenças.
Ao longo da pesquisa, a Epamig também pretende avaliar a capacidade de adaptação do sistema consorciado frente às variações climáticas. Nesse contexto, a pesquisadora Marinalva Woods ressalta que o feijão mangalô já se destaca por promover a fixação de nitrogênio no solo, bem como, uma boa cobertura da área de cultivo, favorecendo o desenvolvimento do milho.
Os resultados da pesquisa serão utilizados como ferramenta para incentivar os produtores a integrarem diversidade à sua área de cultivo. A expectativa é que a técnica de cultivo consorciado proporcione benefícios como a redução no uso de insumos para o controle de pragas e doenças, a diversificação da renda, o uso mais eficiente da mão de obra e a otimização de recursos naturais, como a água.
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