A polícia apreendeu cerca de uma tonelada de cocaína nesta quarta-feira (02), em uma marina no bairro Perocão, em Guarapari, na Grande Vitória. A droga apreendida seria enviada para o exterior a bordo de um navio. O entorpecente estava avaliado em R$ 150 milhões nacionalmente, podendo quadruplicar em outro país.
De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar (PMES), coronel Douglas Caus, tudo começou quando dois homens estavam circulando de forma suspeita em dois carros. Em seguida, os mesmos suspeitos desceram dos veículos segurando fuzis.
“Ao perceber essa ação criminosa, uma viatura foi enviada ao local, mas chegando lá, eles já não estavam. A equipe da Força Tática também foi acionada para reforçar o policiamento na região”, disse.
Caus relatou ainda que, momentos depois, a equipe recebeu a informação de que um funcionário da marina havia encontrado um carregador que poderia ser de um fuzil. “A Força Tática foi até lá e confirmou que se tratava mesmo de um carregador de fuzil”.
Segundo Douglas Caus, uma equipe com cães foi para o bairro, já que imagens mostraram os suspeitos seguindo para um mangue da região. “Os cães farejaram o fuzil e um foi encontrado. Em seguida, com autorização do funcionário da marina, entramos em um imóvel onde a carga de cocaína foi encontrada”.
O comandante ressalta que o imóvel estava sendo alugado. “Quando entramos no imóvel e vimos as condições que as drogas estavam, percebemos que pode se tratar de um tráfico internacional de cocaína”.
Droga seria transportada por navio
O comandante-geral da PMES frisou que, acredita que a droga encontrada está avaliada em R$150 milhões, se comparado ao valor nacional. Essa quantia pode quadruplicar fora do país.
“Acreditamos que essa droga seria enviada para outro país por meio de casco de navio ou a bordo. A cocaína estava embalada e contendo alças, uma maneira usada por traficantes internacionais para facilitar na hora de puxar a carga”, pontuou.
O coronel ressaltou ainda que foram encontrados sinalizadores para facilitar na localização da droga. “Junto com a droga, encontramos sinalizadores que são usados geralmente para encontrar a carga. Quando eles lançam a droga na Europa, Ásia, América, para não ser perdida, eles usam o dispositivo”.
Carga pode pertencer ao PCC ou CV
Caus esclareceu que as investigações vão continuar pela equipe da Polícia Federal (PF), com intuito de identificar a que facção a carga pertencia, envolvimento dos suspeitos e a pessoa que alugou o imóvel onde a cocaína foi encontrada.
“Claramente é uma facção especializada nesse tipo de crime. Acreditamos que possa ser do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou do Comando Vermelho (CV), que são as facções que atualmente fazem esse transporte para fora do Brasil”.