Coração, rins e fígados captados para doação de órgãos no ES

O Hospital Estadual de Urgência e Emergência ‘São Lucas’, em Vitória, realizou, pela segunda vez em 2025, a captação de coração. Além do órgão também foram captados os dois rins e o fígado, que foram destinados a pacientes que aguardavam por um transplante no Espírito Santo.

A enfermeira Tamires Vieira, da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital São Lucas, aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância do diálogo entre as famílias sobre o desejo de ser doador.

“Uma vez que a notícia do óbito e toda a sua carga emocional demanda muito dos familiares, ter a certeza do desejo da pessoa em vida traz mais conforto e segurança na decisão da família, que já está sobrecarregada com outras demandas. O acolhimento oferecido pela equipe médica, de enfermagem, de psicologia, assistência social e capelania faz toda a diferença, tornando esse processo de luto mais humanizado”, completou Tamires Vieira.

Coração, rins e fígados captados para doação de órgãos no ES
Foto: Divulgação

Para que os órgãos pudessem chegar em tempo oportuno aos pacientes que esperavam com ansiedade para que suas vidas fossem transformadas, o hospital contou com apoio da Guarda Municipal de Vitória, que mais uma vez atuou na escolta, abrindo o caminho em meio ao trânsito para que os órgãos fossem levados em segurança e com agilidade à unidade onde os transplantes seriam realizados.

Segundo dados atualizados até a última terça-feira (25) pelo Sistema Nacional de Transplantes, 1.191 pessoas aguardam por um órgão no Espírito Santo. A maior parte delas, 1.139, esperam por um rim. Em segundo lugar está o fígado, com 47 pacientes na fila e o coração com 5 pessoas.

 

Como ser um doador de órgãos

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Maria Machado, explica sobre a realização da captação de órgãos. “No Brasil, a captação dos órgãos para transplante ocorre após a autorização de um familiar do doador. Por isso, é fundamental que haja um diálogo claro e objetivo com os familiares sobre o desejo de ser um doador de órgãos em caso de morte”, disse.

Maria Machado completou: “Para que tenhamos mais doadores, é necessário o engajamento de toda a sociedade com a causa. Por isso, reitero a necessidade de hoje mesmo as pessoas que sentem o desejo de serem doadoras conversem com seus familiares e esclareçam o desejo de ser um doador de órgãos. Com esse gesto, você salvará muitas vidas no findar de um ciclo de vida.”

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