Se recurso na OMC não funcionar, Lula cogita retaliar EUA por taxa sobre aço 

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para tentar reverter a tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos (EUA) sobre as importações de aço e alumínio brasileiros. As taxas estão em vigor desde o início de março, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, já havia dito que essa era uma possibilidade. 

No encerramento de sua visita ao Japão, Lula disse a jornalistas que o Brasil tem duas decisões a tomar em relação às taxações do governo dos EUA. “Da parte do Brasil, ele [Trump] taxou o aço brasileiro do Brasil em 25%. Temos duas decisões a fazer. Uma é recorrer à Organização Mundial do Comércio, e nós vamos recorrer. A outra é a gente sobretaxar os produtos americanos que nós importamos, colocar em prática a lei da reciprocidade”, sinalizou. 

Segundo o presidente brasileiro, a medida de reciprocidade será adotada caso a queixa na OMC não seja eficaz para provocar uma negociação entre os dois países. Lula ainda se disse preocupado com o comportamento do governo americano em relação a uma taxação de todos os produtos, de todos os países. “No fundo, o livre comércio é o que está sendo prejudicado. Estou preocupado porque o multilateralismo está sendo derrotado e estou preocupado porque o presidente americano não é xerife do mundo, ele é apenas presidente dos Estados Unidos”, disse. 

Conforme o presidente Donald Trump, seu governo deve anunciar no dia 02 de abril a aplicação de tarifas sobre produtos de diversos países e, de acordo com o Estadao.com, as taxas já estão definidas. 

Um dos produtos brasileiros na mira do governo norte-americano é o etanol, que atualmente, tem uma taxa de 2,5% para entrar nos EUA, enquanto o produto norte-americano é taxado em 18%. 

*com informações da Agência Brasil

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