Uma explosão registrada em um apartamento de Campinas, no interior de São Paulo, resultou na abertura de ação penal contra o coronel reformado Virgílio Parra Dias. A Justiça acatou a denúncia apresentada pelo Ministério Público e tornou o militar réu por armazenar grande quantidade de armamentos e munições no imóvel, o que teria provocado o incidente.
A decisão foi proferida na última sexta-feira (21) pelo juiz Abelardo de Azevedo Silveira, da 2ª Vara Criminal de Campinas. O magistrado aceitou a denúncia que atribui ao réu os crimes de incêndio, posse irregular de arma e munição de uso permitido, além de porte ilegal de 42 armas de uso restrito.
O coronel foi citado oficialmente e terá dez dias para apresentar defesa por escrito. A Justiça ainda decidirá sobre o destino das armas e explosivos apreendidos no apartamento.
Qual a relação do coronel com o incêndio?
O caso aconteceu em 24 de fevereiro de 2024. Um incêndio de grande porte atingiu um edifício residencial e levou à evacuação imediata de 44 moradores. Onze pessoas precisaram ser resgatadas com o uso de rapel. Apesar da gravidade do incidente, não houve registro de feridos graves entre os 34 socorridos.
No local da explosão, a Polícia Civil encontrou 111 armas de fogo, 25 embalagens com pólvora, 39 com espoletas, 15 carregadores e duas granadas. Por segurança, o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) foi acionado para remover os explosivos e realizar a detonação em local adequado.
Após o ocorrido, Virgílio Parra Dias fugiu. Ele foi encontrado apenas três dias depois, em 27 de fevereiro, com lesões no pescoço decorrentes de uma tentativa de suicídio. O militar foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, onde permaneceu internado até receber alta em março.
A Defesa Civil liberou o prédio no mesmo dia em que o coronel foi localizado. Segundo o órgão, a vistoria realizada em conjunto com o Departamento de Uso e Ocupação do Solo (Duos), da Secretaria de Urbanismo de Campinas, indicou que a estrutura do edifício não foi comprometida.
Somente o apartamento onde houve a explosão permaneceu interditado, cercado por tapumes.
A Prefeitura de Campinas, por meio de nota oficial, afirmou que acompanha o caso e confirmou que não há risco estrutural. A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou o coronel por extorsão e posse irregular de armamento.
Leia também: Tragédia! 59 pessoas morrem e mais de 150 ficam feridas após incêndio em boate
O post Coronel do Exército vira réu por explosão que destruiu apartamento em SP apareceu primeiro em Perfil Brasil.