A fome afeta milhões de pessoas ao redor do planeta e está relacionada com crises econômicas, conflitos armados e mudanças climáticas. Em 2023, por exemplo, foram mais de 700 milhões de subnutridos, o que corresponde a cerca de uma em cada 11 pessoas do mundo.
Alguns dos países mais afetados ficam na África. E é por isso que um projeto utiliza gafanhotos como uma fonte de proteínas em Uganda. A iniciativa é liderada pela ONG Mothers Against Malnutrition and Hunger (Mamah).
Gafanhotos são criados em cativeiro
As ações são realizadas junto às comunidades locais e têm como objetivo garantir que os insetos estejam disponíveis o ano inteiro, por meio da criação desses animais em cativeiro. Isso porque estes animais costumam sumir em algumas épocas do ano.

Integrantes da ONG explicam que os insetos são comestíveis e possuem muita proteína. E que os habitantes do local não costumam ter acesso a outras opções de alimentos, como carne, frango e ovos, por exemplo.
Dessa forma, a iniciativa possibilita que milhares de pessoas superem a insegurança alimentar a partir de uma produção própria. Lembrando que em algumas partes da África é comum comer insetos e outros animais que não fazem parte da “dieta” brasileira.
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Benefícios já podem ser observados
- Já são 13 anos de projeto e os responsáveis pela ONG afirmam que melhorias significativas já foram observadas.
- Além do combate a desnutrição, com crianças cada vez mais altas e fortes, a iniciativa também serve para resolver um outro problema.
- Os níveis de presença escolar e redução do abandono da escola melhoraram no país.
- Isso está ligado a uma melhor alimentação, uma vez que os ambientes escolares de Uganda não costumam oferecer merendas para os alunos.
- As informações são da Agência Brasil.
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