Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (20), o titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, detalhou a operação que culminou na prisão de Izamar Pinheiro de Souza, de 39 anos, suspeito de comercialização ilegal de armas e munições. A ação da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), realizada na última terça-feira (18), revelou a extensão do esquema criminoso que operava por meio da internet, utilizando plataformas digitais para vender armamentos para suspeitos.
O delegado explicou que a investigação começou a partir de informações sobre a atuação de Izamar, que usava as redes sociais e outras plataformas para vender armas de fogo e munições de forma ilegal. Durante a operação, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos, e a análise pericial realizada pela Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) confirmou as atividades criminosas do suspeito. “Através da análise desses dispositivos, encontramos provas claras de que ele estava comercializando armamentos sem qualquer autorização legal”, afirmou Rodrigues.
Izamar foi preso em sua residência, localizada em um bairro de Vitória. A polícia identificou que ele estava em posse de armas e munições que estavam sendo preparadas para venda, além de materiais que indicavam sua participação em uma rede clandestina de tráfico de armas. “Ele utilizava a internet para realizar esses negócios de maneira sigilosa, oferecendo armamentos e munições para suspeitos que buscavam obter armas fora do mercado legal”, completou o delegado.

Conexão com outros crimes e o impacto da venda ilegal de armas
A prisão de Izamar está diretamente ligada a um esquema maior de comercialização de armamentos ilegais, que inclui a venda de pistolas, revólveres e até munições de diferentes calibres. A polícia identificou que, além de vender para indivíduos já conhecidos no meio criminoso, o suspeito também estava utilizando suas plataformas digitais para atrair novos compradores. Durante a coletiva, o delegado explicou que as investigações continuam para identificar a origem das armas e o destino delas.
Rodrigues também enfatizou o impacto desse tipo de crime para a segurança pública. “A venda ilegal de armas contribui diretamente para o aumento da violência no Estado. As armas comercializadas por esses criminosos muitas vezes chegam às mãos de bandidos, o que aumenta o risco de confrontos e homicídios em nossas ruas”, destacou.
Ele também alertou para a preocupação com o uso crescente de plataformas digitais para a negociação de armas, uma prática que facilita o acesso a armamentos sem qualquer controle ou fiscalização.
O delegado destacou que a investigação sobre o esquema de venda de armas não termina com a prisão de Izamar. A PCES continuará trabalhando para identificar os outros envolvidos na rede clandestina de tráfico de armamentos, além de rastrear os compradores e buscar mais provas sobre a movimentação financeira das transações.
“Agora, nosso foco é entender toda a rede de vendas ilegais, rastrear as armas e localizar os compradores. Também estamos monitorando a movimentação financeira para identificar possíveis outros envolvidos”, disse o delegado.