Como comprar e vender carro elétrico usado com confiança; confira estas dicas

Os veículos movidos a bateria já estão inseridos no mercado mundial e isso não é diferente no Brasil. Essas novidades rapidamente se consolidaram no mercado com vendas crescentes, o que logo, logo, vai dar origem a um grande mercado voltado para o carro elétrico usado.

Mas, assim como esse segmento possui várias particularidades e problemas próprios, é fundamental que tanto os anunciantes quanto os compradores saibam atuar para que bons negócios sejam feitos e ninguém saia perdendo. Por isso, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE)  reuniu vários fatos e dicas para aqueles que tem interesse nos elétricos usados.

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Dicas para quem vai vender um carro elétrico usado

De acordo com a ABVE, em primeiro lugar, é importante que o vendedor apresente todas as revisões executadas dentro do prazo carimbadas no manual do veículo. Mas, por que isso é fundamental? Pois são essas revisões que vão certificar a garantia da bateria, geralmente de oito anos com ou sem limite de quilometragem.

Então, no momento da venda, o vendedor deve apresentar esses carimbos dentro dos prazos estipulados pela montadora na rede credenciada de concessionários. Também é de bom tom apresentar a qualidade dos pneus e mostrar que a bateria não tem nenhuma grande avaria física na sua parte inferior.

Se o defeito for um arranhão estético ou apenas um pequeno amassado, não há problema. O vendedor ainda pode, por meio da rede de concessionários, apresentar um laudo de capacidade da bateria.

Como determinar o preço do usado?

A associação nacional explica que a precificação desse tipo de carro vai depender bastante do estado geral da carroceria, dos componentes de suspensão e, finalmente, do percentual de degradação da bateria. Um veículo na faixa de 100 mil km rodados degrada a sua bateria em torno de 4%. Esse valor é bem pequeno e, dependendo do ano e do estado do veículo, pode ser um grande argumento na hora venda.

O órgão ainda destaca que mesmo um veículo com bateria degradada em 80% ainda circula normalmente com uma autonomia boa. Por exemplo, se o carro tinha uma autonomia de 400 km quando novo, com a bateria bastante degradada, ainda terá um alcance de 300 km, o que atende a necessidade de muitos compradores.

Outro fator importante no momento da venda é como esse veículo se apresenta em relação ao seu suporte, manutenção e confiabilidade no pós-venda. Isso porque muitos veículos estão sendo descontinuados no mundo inteiro, o que torna sua manutenção para o futuro complicada, então, neste caso, você pode ter uma maior desvalorização. No entanto, no Brasil, não existe um caso específico de modelo que apresente essa situação.

O que pode desvalorizar o seu elétrico usado?

Os carros movidos a bateria se tratam de veículos cuja manutenção vai muito além dos componentes elétricos. Outras partes como as suspensões pneumáticas e a eletrônica bastante sofisticada certamente vão gerar um custo elevado de manutenção.

Por isso, quem está no mercado para comprar um veículo elétrico muitas vezes prefere um modelo em garantia, semi novo ou zero quilômetro. Segundo a ABVE, isso faz com que, especialmente os modelos de luxo, por conta de toda a sua sofisticação, apresentem custos elevados de revisão e, consequentemente, uma acelerada desvalorização.

Em automóveis mais baratos, como os da BYD, GWM e Chevrolet isso já não acontece com tanta frequência, especialmente nos modelos de entrada. São bons exemplos de carros que retém um bem seu valor.

Quer comprar um carro elétrico usado? Fique esperto com alguns itens

Em primeiro lugar, diferente de um veículo a combustão, você não tem que se preocupar com uma grande quantidade de partes no carro elétrico usado. Nesses veículos tradicionais, existem muitas peças e itens que muitas vezes são difíceis de avaliar, como, por exemplo, a integridade dos cilindros do um motor, a qualidade da transmissão ou a embreagem.

De acordo com a  Associação Brasileira do Carro Elétrico, o motor do automóvel elétrico é um componente que dificilmente vai apresentar qualquer forma de desgaste notável, pelo menos não antes dos 500 mil quilômetros rodados. Mas, na hora da compra, é  importante dar uma boa olhada para averiguar se há algum dano ou penetração no ‘pacote’, tanto por cima com o capô aberto, quanto na parte inferior do automóvel.

Nesse momento, é possível avaliar também se existe alguma falha de operação da bateria ou vazamento de fluido de arrefecimento, o que pode ser observado pelo frasco no compartimento do motor. Mas, na hora da checagem não há necessidade de se preocupar muito, já que esses problemas normalmente disparam no painel do veículo.

Agora, quando o assunto é bateria, é preciso ter um cuidado maior e, como comprador, você pode exigir que o anunciante apresente um laudo de capacidade da bateria. Esse documento chamado de State of Health (SoH) pode ser retirado em qualquer concessionária, onde um funcionário vai plugar um scanner no veículo.

Isso vai te dar um posicionamento bastante preciso quanto ao percentual de retenção de carga das baterias. A grande maioria dos elétricos disponíveis no Brasil chegaram há muito pouco tempo e, até então, não há relatos de baterias que se degradaram de forma a impactar o dia a dia dos proprietários.

Além disso, é fundamental observar se o veículo tem todos os carimbos de revisão feito no concessionário, de forma a garantir a perpetuação da garantia, que normalmente é de 8 anos e/ou 160 mil quilômetros rodados. Ainda é interessante consultar fóruns de usuários na internet sobre o carro elétrico usado em que você tem interesse.

Fique atento para analisar o histórico de confiabilidade do modelo e identificar se há registros de falhas crônicas ao longo dos anos. Você pode também avaliar a qualidade do serviço pós-venda da montadora em relação ao atendimento e reposição de peças, por exemplo. Se o veículo for muito recente ou raro no Brasil, busque os fóruns internacionais para saber mais sobre o carro que você pretende comprar.

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