
O Brasil pode perder cerca de US$ 1,5 bilhão em exportação de aço e alumínio em 2025 com a tarifa de importação de 25% imposta pelos Estados Unidos (EUA), que começou a vigorar na quarta-feira, 12. Com isso, a indústria brasileira deve registrar uma queda de produção de quase 700 mil toneladas, segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O coordenador de Relações Econômicas Internacionais do Ipea e autor do estudo, Fernando Ribeiro, explica que essa retração se deve ao fato de que os EUA são um mercado muito importante para o aço brasileiro. “Em 2024, último dado de ano fechado que nós temos, eles foram destino de mais da metade das exportações. Portanto, é um mercado crucial de aço para o Brasil e daí a importância de se lidar com essa questão”, explica Ribeiro, em nota.
Apesar da repercussão significativa para o setor, em termos macroeconômicos o impacto é baixo. O levantamento prevê queda de apenas 0,01% do Produto Interno Bruto e de 0,03% das exportações totais, com ganho de saldo na balança comercial de US$ 390 milhões, já que a redução da atividade econômica também levará à redução nas importações (0,26%).
Para Ribeiro, a negociação é a melhor forma do país lidar com a questão. “O Brasil tem uma indústria siderúrgica bastante desenvolvida, bastante forte e que exporta, principalmente, produtos semiacabados. É importante que o país busque algum tipo de negociação com o governo americano para reverter essa medida e impedir que isso possa trazer prejuízos para o setor”, ressalta.
O post Brasil pode perder US$ 1,5 bi em exportações de aço e alumínio com tarifa dos EUA apareceu primeiro em Agro Estadão.