CIA revisa hipótese sobre origens da covid-19

O Serviço de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) revisou sua posição sobre as origens da pandemia de covid-19. Agora, favorece a hipótese de um vazamento acidental em laboratório na cidade de Wuhan, China.

Anteriormente, a agência não dispunha de informações suficientes para determinar se o vírus havia surgido de um mercado ou de um laboratório em Wuhan.

Essa nova avaliação não se baseia em informações inéditas, mas em uma análise mais detalhada das condições nos laboratórios de alta segurança em Wuhan antes do surto.

A agência classificou a análise com “baixa confiança”, indicando que os dados disponíveis ainda são fragmentários e incompletos.

Diretor da CIA acredita na hipótese de que covid-19 surgiu em laboratório

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Hipóteses sobre o surgimento da covid-19 variam entre os governos Biden e Trump | Foto de Usman Yousaf na Unsplash/Reprodução

A mudança de posição ocorreu depois de John Ratcliffe, novo diretor da CIA, afirmar que não queria que a agência ficasse “à margem” do debate sobre as origens da pandemia.

Ratcliffe, que sempre apoiou a teoria do vazamento em laboratório, considera a compreensão das origens do vírus crucial para as relações entre os EUA e a China. Ele acredita que o Instituto de Virologia de Wuhan seja a provável fonte do coronavírus.

Mesmo com a nova posição, a teoria de que a pandemia surgiu de um mercado em Wuhan ainda é considerada plausível pela agência. Autoridades afirmam que a nova avaliação não foi ajustada devido ao novo chefe, mas estava sendo desenvolvida há algum tempo.

Durante as últimas semanas da administração Biden, Jake Sullivan, então conselheiro de segurança nacional, ordenou uma nova revisão classificada sobre a origem da pandemia. A inteligência americana defende que nenhuma informação foi suprimida e que a política não influenciou a análise.

Cinco agências, incluindo o Conselho Nacional de Inteligência, acreditam que a exposição natural provavelmente causou a pandemia, mas têm baixa confiança nessa avaliação.

Ao mesmo tempo, duas agências, o FBI e o Departamento de Energia, acreditam que um vazamento de laboratório é mais provável, embora suas teorias variem entre o Instituto de Virologia de Wuhan e o Centro para Controle de Doenças de Wuhan.

Nova gestão da agência pretende buscar respostas no território chinês

O senador Tom Cotton, presidente do comitê de Inteligência do Senado, sempre defendeu a hipótese de que a pandemia teve origem em um laboratório de Wuhan e elogiou a mudança de julgamento da CIA. Ratcliffe destacou que a análise das origens da Covid é uma prioridade “desde o primeiro dia”.

Para reforçar a teoria das origens naturais, oficiais de inteligência esperam encontrar o animal que transmitiu o vírus a um humano ou um morcego carregando o provável ancestral do coronavírus.

Para confirmar o vazamento do laboratório, a comunidade de inteligência busca evidências de que um dos laboratórios em Wuhan estava manipulando um vírus que levou à epidemia.

Até o momento, nenhuma dessas evidências foi descoberta. A obtenção de provas definitivas é complexa, considerando que autoridades chinesas podem não colaborar. A CIA, sob Ratcliffe, prometeu adotar uma abordagem mais enérgica, buscando informações dentro dos laboratórios de Wuhan ou no governo chinês.

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