Maior foguete do mundo lançado do Oceano? NASA já pensou nisso

Em uma das muitas mesas de projeto da NASA surgiu o plano para lançar um foguete sem plataforma, mas sim a partir do oceano. Essa ideia mirabolante foi nomeada de Sea Dragon, um conceito que, se executado, seria a maior nave espacial já construída.

Na década de 1960, a agência espacial americana buscava maneiras mais baratas de levar pessoas e cargas tecnológicas ao espaço. Nesse momento, a ideia era que, ao invés de criar naves complicadas e com designs complexos, talvez fosse melhor desenvolver algo chamado de “grande propulsor idiota”.

“Os atuais veículos de lançamento descartáveis (ELVs) dos EUA foram projetados para atender a especificações de desempenho rigorosas. Como resultado, os projetistas do sistema de propulsão deram relativamente pouca prioridade à redução dos custos de lançamento nos EUA”, explica um documento de revisão do projeto.

Nave Sea Dragon da NASA comparada com outros foguetes
Se o projeto tivesse se concretizado, teria sido o maior foguete já construído, com 150 metros de altura e 23 metros de diâmetro (Imagem: Thorenn / Wikimedia Commons)

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A NASA em busca de um foguete mais barato

Os ELVs são inspirados em projetos de mísseis balísticos intercontinentais dos anos 1960. O foco dessas armas era usar motores de alto desempenho e estruturas leves para minimizar o peso do veículo lançados, assim maximizando a carga útil e o alcance.

Embora eles fossem eficientes, eram caros de fabricar e fazer manutenção até o momento do lançamento. Por isso, a NASA procurou seguir com a ideia do “grande propulsor idiota” e o Sea Dragon foi sua principal aposta.

Ilustração de como seria o foguete Sea Dragon da NASA
Ilustração feita por Robert Truax, engenheiro líder do projeto (Imagem: Zzubnik / Wikimedia Commons)

Para tornar o veículo mais barato, seguro e eficiente, ele precisava ser lançado do oceano. A nave precisaria primeiro submergir verticalmente, então seria propulsionada com a ajuda do empuxo da água e seguiria para o espaço.

“As partes recuperadas após a saída do foguete deveriam ser rebocadas de volta ao local de lançamento para reutilização. O conceito de operação marítima foi estendido para incluir testes de desenvolvimento de um sistema de propulsão no mar usando modelos com peso de cruzeiro para trabalho em grande escala.”, explica um relatório da agência espacial americana.

O conceito era interessante e seria econômico para os cofres dos EUA. Porém, cortes no orçamento da NASA fizeram com que ele nunca saísse do papel, sendo mais um dentre tantos modelos descartados. 

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