Mercado de trabalho no agronegócio alcança novo patamar histórico

O mercado de trabalho no agronegócio brasileiro alcançou um novo recorde, empregando 28,4 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2024. Este número representa um aumento de 1,9% (533 mil novas ocupações) em comparação ao mesmo período do ano anterior. 

O resultado é o maior registrado desde o início da série histórica, em 2012. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira, 17, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em colaboração com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O crescimento é destacado principalmente nos agrosserviços, que registraram um avanço de 6,3%, com cerca de 611 mil novos trabalhadores. Segundo os pesquisadores, este segmento se destacou como o principal motor de expansão do setor, compensando as quedas observadas no segmento primário, influenciadas por fatores sazonais como a entressafra de importantes culturas agrícolas.

As agroindústrias também apresentaram crescimento, com aumento de 6,7% na população ocupada, impulsionado pelo desempenho robusto de segmentos como massas e outros alimentos, móveis de madeira, e açúcar. Esses setores, juntamente com outros, contribuíram com 198.166 novos postos de trabalho.

Por outro lado, o segmento primário teve uma queda de 4,7% na população ocupada, afetado por reduções específicas em culturas como café, cereais e flores. Esta diminuição reflete a tendência de modernização do agronegócio, caracterizada pela adoção de tecnologias avançadas que aumentam a produtividade, mas reduzem a demanda por mão de obra menos especializada.

Conforme os pesquisadores, o aumento na ocupação no agronegócio ocorre em um contexto de crescimento geral do mercado de trabalho brasileiro, com a menor taxa de desemprego já registrada. A participação do setor no mercado de trabalho total do país permaneceu estável em torno de 26%, destacando sua relevância econômica contínua.

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