Aeroporto de Ubatuba (SP) tem histórico de acidentes

O Aeroporto Estadual Gastão Madeira, em Ubatuba (SP), onde um avião explodiu na manhã desta quinta-feira, 9, conta com um histórico de acidentes aéreos. O caso mais recente aconteceu na Praia do Itaguá, próximo ao aeroporto, e causou a morte do piloto.

O primeiro incidente registrado ocorreu em 2016, quando um monomotor Cessna 172 Skyhawk apresentou mau funcionamento. No ano seguinte, houve um acidente com um jato Cessna Citation Mustang C510 e um incidente grave com um monomotor Piper PA-28.

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Em ambos os casos, ocorreu excursão de pista — quando a aeronave sai da superfície da pista do aeródromo durante o pouso ou decolagem, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Em 2018, um monomotor turboélice Pilatus PC-12 apresentou mau funcionamento, o que é categorizado como acidente. No ano seguinte, novamente houve duas ocorrências: um ultraleve saiu da pista e um cargueiro militar Boeing C-17 Globemaster III, com capacidade para 158 passageiros, apresentou falha mecânica.

Não houve qualquer tipo de ocorrência entre 2020 e 2022. Em 2023, um monomotor Cessna 170 sofreu um acidente durante uma operação a baixa altitude com cargas externas. Também não houve acidentes em 2024 e, neste começo de 2025, o acidente fatal vitimou o piloto e quatro passageiros, que se encontram no hospital.

Pista do Aeroporto Gastão Madeira, em Ubatuba (SP) | Foto: RedeVoa/Divulgação
Pista do Aeroporto Gastão Madeira, em Ubatuba (SP) | Foto: RedeVoa/Divulgação

Pista do aeroporto de Ubatuba é considerada curta

A pista de Ubatuba tem 940 metros de comprimento, mas nem toda sua extensão é utilizada em pousos e decolagens. Por causa do relevo da região e a obstáculos próximos à cabeceira, 380 metros não podem ser utilizados em determinadas operações.

Para decolagens em direção ao mar, a pista pode ser usada em sua totalidade. No entanto, pousos neste mesmo sentido são limitados, pois os primeiros 380 metros não estão disponíveis. Assim, restam cerca de 560 metros para a aeronave aterrissar.

A mesma restrição se aplica a decolagens no sentido do continente, o que força a aeronave a ganhar altitude em apenas 560 metros.

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