Soja e milho: USDA corta estoques e cotações disparam mais de 2% em CBOT

Grãos de milho e soja

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a previsão de estoques globais de soja e milho, enquanto aumentou ligeiramente o volume final de trigo na safra 2024/25. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 10, no novo relatório de oferta e demanda mundial de grãos.

Como efeito, os preços dos grãos na bolsa de Chicago (CBOT) dispararam. Por volta das 14h47, o vencimento da soja para março subia 2,48%, a US$ 10,22 o bushel. Já o milho, considerando o mesmo contrato, registrava alta de 2,72%, a US$ 4,68 o bushel. 

Soja

No novo boletim, o USDA reduziu os estoques finais da soja de 131,87 milhões de toneladas projetados em dezembro/25 para 128,37 milhões — queda de 2,65%. Em relação à estocagem norte-americana, o corte foi de 19,21%, saindo de 12,80 milhões de toneladas para 10,34 milhões de toneladas. 

Houve queda ainda na produção de soja norte-americana da safra 2024/25: sendo projetada em 118,84 milhões de toneladas, ante 121,42 milhões de toneladas previstas em dezembro. 

Não houve alterações nas safras da América do Sul. Para o Brasil, o Departamento de Agricultura dos EUA segue projetando 169 milhões de toneladas de soja na temporada 2024/25. Enquanto na Argentina, os números seguem em 52 milhões de toneladas. 

Milho

Assim como na soja, houve queda nos estoques finais de milho para 2024/25. Previstos em 296,44 milhões de toneladas em dezembro, os números passaram para 293,34 milhões de toneladas em janeiro. O corte representa uma queda de 3,1 milhões de toneladas, equivalente a 1,05%. 

São esperados estoques menores também nos EUA. Estimados em 29,12 milhões de toneladas, ante 44,15 milhões do último boletim. 

A produção de milho no Brasil e na Argentina não sofreu alterações, sendo estimadas em 127 milhões de toneladas e 51 milhões de toneladas, respectivamente. 

Trigo

Já para o trigo, houve um ligeiro aumento nas projeções. O USDA elevou de 257,88 milhões de toneladas para 258,82 milhões de toneladas os estoques finais do cereal. O ajuste representa uma alta de 0,37%. 

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