Sete sinais de que uma criança cresceu com muitas responsabilidades, segundo a psicologia

criança

A infância é uma fase crítica para o desenvolvimento e formação da identidade pessoal da criança. O equilíbrio entre responsabilidades e liberdade para explorar é essencial, conforme destacado por especialistas como Esther Wojcicki e Jonathan Williams. Eles defendem que permitir que as crianças realizem tarefas cotidianas contribui para a autonomia e resiliência. Contudo, uma quantidade excessiva de responsabilidades pode ter implicações profundas na vida adulta. As crianças que crescem carregando muitas responsabilidades podem experimentar o fenômeno conhecido como parentificação. Esse processo ocorre quando crianças assumem papéis e tarefas que não condizem com sua idade, influenciando negativamente seu desenvolvimento emocional e psicológico. Ao serem exigidas além de suas capacidades, essas crianças podem carregar marcas duradouras.

O que é parentificação da criança?

A parentificação é definida como um estado em que crianças ou adolescentes assumem papéis de adultos precocemente. Segundo especialistas da Open Minds, essa situação pode ser dividida em dois tipos principais: a parentificação instrumental, que envolve a realização de tarefas práticas como cuidar de irmãos; e a parentificação emocional, que ocorre quando a criança se torna um suporte emocional para os pais. Esses papéis adquiridos na infância podem dificultar, na vida adulta, a capacidade de entender necessidades emocionais pessoais e formar uma identidade sólida. Muitas vezes, essas crianças tornam-se adultos que enfrentam desafios significativos, incluindo dificuldades em estabelecer limites claros em relacionamentos e uma tendência a agradar excessivamente.

Quais comportamentos adultos podem emergir da parentificação?

O impacto duradouro da parentificação pode se manifestar em vários comportamentos específicos em adultos. Um desses comportamentos é a dificuldade em estabelecer limites claros em suas relações pessoais e profissionais, já que muitas vezes não foram ensinados a fazê-lo durante a infância. Os limites são essenciais para manter a saúde emocional e evitar que antigos padrões de comportamento persistantemente reatam. Outra consequência pode ser a tendência a evitar pedir ajuda, consequência da crença de que ser autossuficiente é uma exigência constante. Ao carregar a responsabilidade do bem-estar familiar, essas crianças aprendem que pedir ajuda é um sinal de fraqueza.

O medo de abandono e do controle da criança

O medo do abandono é outro fator comum em adultos que foram parentificados, nascendo da premissa de que suas contribuições são essenciais para manter relações. Este medo pode estar associado a um estilo de apego inseguro, que se desenvolve devido à experiência de dar prioridade às necessidades dos outros em detrimento das suas. Além disso, a necessidade de manter o controle das situações pode ser uma resposta instintiva para aqueles que cresceram tendo que manter a harmonia familiar. Essa necessidade pode criar um ciclo de estresse e ansiedade, perpetuando a crença de que o controle é sinônimo de segurança. Leia também: Qual a ligação entre flúor na água e perda de QI na infância? Veja estudo 

O post Sete sinais de que uma criança cresceu com muitas responsabilidades, segundo a psicologia apareceu primeiro em Perfil Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.