USAF avança com testes de modelo subescala do avião Blended-Wing Body

A Força Aérea dos EUA está conduzindo testes de voo com um modelo subescala de seu demonstrador Blended-Wing Body (BWB), coletando dados para revisar o software de controle e a configuração final do modelo em escala real, que deve realizar seu primeiro voo em 2027.

Em agosto de 2023, a startup JetZero foi contratada para construir o protótipo do BWB, com um modelo subescala apelidado de “Pathfinder”. Com envergadura de 23 pés e cerca de um oitavo do tamanho do modelo em escala real, o Pathfinder está explorando conceitos que podem reduzir o consumo de combustível em 30% em comparação com aeronaves de carga atuais.

Os testes do Pathfinder começaram após a aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA) na primavera de 2024. Segundo a Força Aérea, os testes iniciais confirmaram semelhanças dinâmicas com o antigo programa X-48, encerrado em 2013, que também investigou conceitos de BWB com configurações de dois e três motores.

A JetZero lidera o programa com a Scaled Composites, uma divisão da Northrop Grumman, responsável pela fabricação do modelo em escala real. Este projeto, embora não oficialmente vinculado ao programa de reabastecimento aéreo da próxima geração (NGAS), deve influenciar análises para novos conceitos de mobilidade e transporte aéreo.

Os testes subescala já estão fornecendo avanços significativos. A Força Aérea relata melhorias nas leis de controle de voo para o modelo em escala real e validação de modelos de Dinâmica de Fluidos Computacional (CFD), enquanto peças como asas já estão sendo fabricadas para testes estruturais.

A fabricação do modelo em escala real começará em 2026, com testes em solo planejados para abril de 2027 e o primeiro voo previsto para setembro do mesmo ano. A JetZero também está utilizando instalações de testes integrados para reduzir riscos e acelerar o desenvolvimento, estratégia já aplicada pela Gulfstream em projetos anteriores.

Além do potencial como aeronave de reabastecimento, o BWB poderá substituir plataformas de transporte aéreo da Força Aérea, como os modelos C-5, C-17 e C-130. Esses aviões enfrentam desafios de envelhecimento e disponibilidade, enquanto novas plataformas devem oferecer maior eficiência e capacidade de sobrevivência.

Com 60% do consumo de combustível concentrado em aeronaves de transporte, carga, tanque e bombardeio, o BWB pode reduzir significativamente o impacto logístico, especialmente no teatro Indo-Pacífico, onde a vasta extensão geográfica exige alcance e eficiência superiores para suportar operações dispersas.

Financiado por uma parceria público-privada, o programa BWB recebe US$ 230 milhões da Força Aérea, além de US$ 300 milhões em fundos privados já comprometidos. A tecnologia tem potencial para revolucionar a eficiência e a prontidão logística da Força Aérea, especialmente em cenários desafiadores como os do Indo-Pacífico.

FONTE: Air & Space Forces Magazine

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