Igreja Bola de Neve nega faturamento anual de R$ 250 milhões

A morte do apóstolo Rina, fundador da Igreja Bola de Neve, desencadeou uma disputa pelo controle da instituição. Ex-mulher do rapaz, a pastora Denise Seixas acusa integrantes do conselho de desviar recursos e cometer fraude financeira. A polêmica ainda envolve um faturamento anual de R$ 250 milhões, que a administração da igreja nega.

“A Igreja Bola de Neve esclarece que não são verdadeiras as afirmações de que o faturamento da instituição seja de R$ 250 milhões”, afirmou a instituição, em comunicado.

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Denise, que renunciou ao cargo de vice-presidente como parte de um acordo de divórcio, alega que a renúncia nunca recebeu homologação judicial. Em 12 de dezembro de 2024, o juiz Fabio Evangelista decidiu a seu favor e permitiu que ela pleiteie o papel de vice-presidente e, consequentemente, a sucessão da liderança da igreja.

A decisão do magistrado destaca que o documento de separação realmente nunca foi homologado e, dessa forma, perdeu seus efeitos legais.

Acusações de fraude e movimentações financeiras suspeitas

Apóstolo Rina e Denise Seixas, da Igreja Bola de Neve
Apóstolo Rina e Denise Seixas, da Igreja Bola de Neve | Foto: Reprodução/Instagram

O conselho administrativo da Igreja Bola de Neve insiste que a renúncia foi legítima e que a decisão judicial passará por instâncias superiores. Denise denuncia o uso de empresas de fachada para movimentações financeiras suspeitas.

A SIAF Solutions, uma das empresas citadas, controlava a receita com dízimos e arrecadou cerca de R$ 492 mil com de notas fiscais. A Green Grid Energy, outra empresa envolvida, declarou faturamento de R$ 6 milhões e, assim, levantou suspeitas sobre seus serviços.

Denise tentou se tornar inventariante dos bens de Rina, mas a Justiça nomeou o filho mais velho do casal, Rinaldo Neto, para essa função. Ela também comunicou sua intenção de assumir a presidência da igreja, sob o argumento de que o estatuto social que a favoreceria na sucessão.

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A igreja, porém, afirma que suas contas e contratos são auditados anualmente e estão em conformidade com a legislação vigente.

Depois da morte de Rina, em 17 de novembro de 2024, a igreja elegeu Gilberto Custódio de Aguiar como vice-presidente interino. O conselho busca reintegrar a posse da sede da igreja, pois, segundo ele, Denise não tem mais direitos sobre a liderança.

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