Asteroide descoberto no primeiro dia do ano chega mais perto da Terra que a Lua

Nesta quinta-feira (2), o asteroide 2025 AC vai passar próximo da Terra, a cerca de 140 mil quilômetros de distância – cerca de 36% da distância média até a Lua. Apesar da aproximação considerada significativa em termos astronômicos, não há qualquer risco de colisão com o planeta.

Com tamanho estimado entre 4 e 9,3 metros de diâmetro, o que o coloca na categoria de asteroides pequenos, o objeto estará no ponto mais próximo da Terra às 19h36, pelo horário de Brasília. 

Órbita do asteroide 2025 AC próximo à Terra. Crédito: SSD/JPL/NASA

Esta foi a primeira rocha espacial identificada em 2025 a passar mais perto da Terra do que a Lua. A descoberta foi feita na quarta-feira (1º), por astrônomos do Virtual Telescope Project (Projeto Telescópio Virtual), um serviço do Observatório Astronômico Bellatrix, com sede em Roma, na Itália.

Os pesquisadores capturaram imagens do asteroide quando ele estava a cerca de 150 mil km do planeta. Em comunicado, Gianluca Masi, astrônomo responsável pelo projeto, destacou que as imagens mostram o objeto como um ponto de luz brilhante, enquanto as estrelas ao fundo aparecem com rastros luminosos devido ao movimento rápido do asteroide.

O asteroide 2025 AC é classificado como um Objeto Próximo da Terra (NEO, na sigla em inglês). Esses corpos incluem asteroides e cometas que chegam a menos de 45 milhões de quilômetros da órbita terrestre. 

Representação artística de um pequeno asteroide passando perto da Terra. Crédito: Dima Zel – Shutterstock

Atualmente, mais de um milhão de asteroides são conhecidos no Sistema Solar, e pelo menos 30 mil deles são classificados como NEOs. Embora o risco de impacto de um NEO com a Terra seja extremamente baixo, cientistas monitoram constantemente esses objetos, com o objetivo de identificar qualquer alteração em suas órbitas que possa representar risco ao planeta.

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Asteroides menores são mais perigosos que os grandes

Embora a ideia de asteroides gigantes seja assustadora, os menores, com algumas dezenas de metros de largura, representam riscos mais reais. Ao colidirem com o planeta, essas rochas podem devastar cidades inteiras, como ocorreu no evento de Tunguska, na Sibéria, em 1908, ou no caso do meteoro de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. 

Esses pequenos objetos são mais comuns e têm maior chance de ser empurrados para fora do cinturão principal, migrando em direção à Terra. Por serem muito pequenos e difíceis de observar, costumam passar despercebidos até que estejam muito próximos.
Até recentemente, os astrônomos só conseguiam detectar asteroides deste tamanho quando estavam perto da Terra – graças ao Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, no entanto, isso mudou. Saiba mais aqui.

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