As 10 melhores músicas do Queen

Poucas bandas têm um legado do tamanho do Queen. Seja através do impacto de sua música ou do impacto cultural deixado por Freddie Mercury, a banda britânica é até hoje reverenciada como uma das maiores de todos os tempos – e, contrariando expectativas, figura com frequência entre as mais ouvidas no streaming mesmo tantos anos após seu auge.

Apesar do falecimento precoce de Mercury, o Queen deixou uma bela discografia para seus fãs mergulharem. São 15 álbuns de estúdio no total, se contarmos a trilha sonora de Flash Gordon (1980) e o disco póstumo Made in Heaven (1995), e centenas de composições incríveis que ganharam nova vida após o filme Bohemian Rhapsody, de 2018.

Como forma de homenagear essa banda tão icônica, o TMDQA! aceitou a missão de escolher as 10 melhores músicas da carreira do Queen – algo que certamente vai abrir discussões, já que são tantos hits acumulados ao longo dos anos – e você pode conferir nossa seleção a seguir!

Menções honrosas

Antes de irmos para o Top 10, vale deixar aqui algumas menções honrosas e explicações. Primeiramente, esclarecemos que “Under Pressure” não vai estar na lista por ter se tratado de uma parceria com David Bowie – aqui, estamos pegando apenas músicas exclusivamente do Queen.

Outras músicas que merecem atenção caso você esteja mergulhando mais na carreira da banda por agora são “Radio Ga Ga”, “Somebody to Love”, “Stone Cold Crazy”, “Who Wants to Live Forever”, “The Show Must Go On”, “Hammer to Fall” e “I Want to Break Free”, mas todas estas acabaram ficando de fora da lista final e você pode entender os motivos logo abaixo.

Sem mais delongas, vamos ao Top 10!

As 10 melhores músicas do Queen

10. “We Will Rock You” (News of the World, 1977)

Vamos falar a verdade: “We Will Rock You” já foi tocada tantas vezes que acabou virando um clichê. Mas, seguindo na ideia de falar a verdade, é preciso admitir: é simplesmente impossível começar a ouvir o hit de 1977 sem cantar junto ou, ao menos, bater os pés e as mãos de maneira coordenada.

Essa grandeza inquestionável é mais uma prova da genialidade do Queen, especialmente neste caso do compositor Brian May, que ainda nos agraciou com um solo de guitarra espetacular para transformá-la em algo ainda mais incrível.

9. “Crazy Little Thing Called Love” (The Game, 1980)

Em 1979, o Queen seguiu na contramão da indústria quando lançou “Crazy Little Thing Called Love” como parte do disco The Game, que chegou na íntegra no ano seguinte. Com fortes elementos do Blues e Rock and Roll tradicional, a composição é uma ode à simplicidade, precisando apenas de uma batida contagiante, uma linha de baixo ao melhor estilo walking bass e um violão ritmado.

É claro que o solo de Brian May embeleza ainda mais a faixa, mas o destaque fica mesmo pelo fato desta ter sido a primeira música na qual Freddie Mercury tocava violão ao vivo, já que ele mesmo a compôs desta maneira crua e deliciosa.

8. “Love of My Life” (A Night at the Opera, 1975)

É claro que a versão de estúdio de “Love of My Life” encantou muita gente quando foi lançada como parte do disco A Night at the Opera, em 1975. Mas é óbvio que o único motivo pelo qual ela entra no Top 10 é a interpretação absolutamente irresistível que aconteceu no Rock in Rio 1985.

Com ajuda da plateia do festival brasileiro, Brian May e Freddie Mercury fizeram essa canção sair de ótima para lendária, e não é exagero algum dizer que esta pode ser uma das maiores versões ao vivo de todos os tempos.

7. “Tie Your Mother Down” (A Day at the Races, 1976)

Saindo de uma balada diretamente para uma das músicas mais Rock and Roll da carreira do Queen, “Tie Your Mother Down” pode ser a escolha mais ousada desse Top 10. Mas a verdade é que a música do disco A Day at the Races, de 1976, é fundamental para entender como o Queen poderia soar pesado quando queria, fazendo qualquer um bater cabeça com o riff genial de Brian May.

May, aliás, foi o compositor desta também – e, curiosamente, a faixa nasceu enquanto ele estava em Tenerife, na Espanha, trabalhando em seu PhD de astrofísica. Ela foi composta em um violão flamenco, sendo depois “traduzida” para o peso da guitarra e se tornando uma das canções mais únicas do Queen.

6. “We Are the Champions” (News of the World, 1977)

Outro hit que já foi ouvido exaustivamente mas nunca perde a graça, “We Are the Champions” é um verdadeiro hino. Nem é preciso explicar a emoção que sentimos ao ouvir esta composição maravilhosa de Freddie Mercury, usada inúmeras vezes em torneios esportivos e, claro, como inspiração para quem precisa ir atrás de alguma conquista.

Uma curiosidade é que, em 2011, um estudo científico da Goldsmiths University elegeu “We Are the Champions” como a música mais “grudenta” de todos os tempos, superando até mesmo outros grandes sucessos como “YMCA”, do Village People.

5. “I Want It All” (The Miracle, 1989)

No final dos Anos 80, o Queen vivia um momento turbulento: Freddie Mercury já havia tido seu diagnóstico de HIV em 1987, mesmo que o público ainda não soubesse, e Brian May passava por problemas em seu casamento. Em 1989, então, surge The Miracle, um álbum realmente milagroso por tudo que o envolvia.

Por representar o que há de melhor nesse disco quase heróico, “I Want It All” entra no nosso Top 5. É uma música que mostra a ambição do Queen mesmo com tantas conquistas na carreira naquele momento; é mais um hino de uma banda que se recusava a ceder, mesmo com tantos obstáculos no caminho. E, claro, é pura e simplesmente uma ótima música.

Vale apontar aqui que, para nossa infelicidade, Freddie Mercury nunca chegou a cantar “I Want It All” ao vivo, já que seu último show com o Queen foi em 1986. Uma pena!

4. “Don’t Stop Me Now” (Jazz, 1978)

Sabe aquela sensação de pegar uma estrada, pisar fundo no acelerador, abrir o vidro, aumentar o volume e sentir o vento no rosto enquanto ouve a sua música favorita? Se você ainda não fez isso ao som de “Don’t Stop Me Now”, talvez não entenda por que ela aparece tão alto neste ranking – se já fez, então provavelmente sabe do que estamos falando.

A icônica composição do disco Jazz é um hino do Rock and Roll, capturando como poucas outras a sensação de diversão e leveza que é tão fundamental para o gênero.

3. “Another One Bites the Dust” (The Game, 1980)

Muitas vezes ofuscados pelos outros dois membros da banda, o baixista John Deacon e o baterista Roger Taylor têm seu momento para brilhar com destaque em “Another One Bites the Dust”. A música é uma verdadeira aula de como a simplicidade de um bom groove pode conquistar o público, sendo a música mais irresistivelmente dançante da discografia do Queen.

Além de proporcionar uma das cenas mais icônicas do filme Bohemian Rhapsody (veja abaixo), a faixa também mostra uma influência clara do movimento Disco, especialmente do Chic. Aliás, Bernard Edwards, co-fundador da banda, diz que o riff de baixo que guia a música surgiu logo após Deacon passar um tempo com eles. Não é coincidência!

2. “Killer Queen” (Sheer Heart Attack, 1974)

Lá em 1974, quando o Queen ainda não havia se estabelecido completamente como uma das maiores bandas do planeta, Freddie Mercury nos presenteou com uma de suas composições mais ousadas. “Killer Queen” apresenta uma instrumentação extravagante, que explora a estética vaudeville de uma maneira muito própria.

O resultado tão único pode ser atribuído ao fato de que esta é uma das raras exceções em que Freddie Mercury escreveu a letra antes da melodia e música, o que fez com que a banda fosse capaz de praticamente musicar a história que estava sendo contada pelo vocalista.

1. “Bohemian Rhapsody” (A Night at the Opera, 1975)

É óbvio que o primeiro lugar não poderia ser diferente. “Bohemian Rhapsody” é uma das músicas mais ouvidas de todos os tempos, e merecidamente se tornou o maior sucesso do Queen – afinal de contas, o trabalho de harmonia de vozes feito aqui viria a se firmar como a grande marca registrada da banda.

Além disso, funciona quase como um resumo de tudo que o Queen tem de bom: o piano guia a parte mais leve da música, que remete a clássicos como “Love of My Life”; a atmosfera quase teatral remete imediatamente a “Killer Queen” e outros sucessos; o peso da parte mais explosiva faz frente a “Tie Your Mother Down” e afins e, claro, a explosão épica também vai te fazer lembrar de “We Are the Champions” e outros grandes momentos dessa discografia.

Genial e incomparável!

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