Casal Nardoni vai passar réveillon em condomínio de luxo no Guarujá

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pelo assassinato de Isabella Nardoni, receberam permissão judicial para celebrar o réveillon de 2024 no Condomínio Acapulco, um dos mais luxuosos do Guarujá, litoral de São Paulo.

Isabella, filha de Alexandre e enteada de Jatobá, foi tragicamente morta ao cair do sexto andar do prédio onde o casal residia.

O casal Nardoni cumpre a pena em regime aberto, o que lhe permite trabalhar durante o dia — mas exige retorno ao local de recolhimento à noite e nos fins de semana.

Anna Carolina Jatobá foi beneficiada pela progressão de pena em junho, saindo do Presídio de Tremembé, enquanto Alexandre Nardoni ingressou nesse regime em maio. Esse passo é parte de um processo de ressocialização previsto na Lei de Execução Penal.

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Em sua petição à Justiça, Nardoni expressou o desejo de passar as férias de fim de ano em família, ao argumentar que isso facilitaria “um convívio mais próximo com os filhos”. Depois da obtenção do regime aberto, ele registrou um MEI para atuar como promotor de vendas de imóveis, a fim de buscar reintegração ao mercado de trabalho.

Em março deste ano, o casal foi autorizado a participar como padrinhos de um casamento na zona norte de São Paulo. Desde que deixou o presídio, Jatobá reside em um apartamento de alto padrão na mesma região, imóvel que pertence a Antônio Nardoni, pai de Alexandre.

O regime aberto exige que cumpram horários específicos de recolhimento, além de manterem atividades laborais regulares, com o objetivo de facilitar a reintegração social.

Entenda o caso Isabella Nardoni

O caso Isabella Nardoni foi um dos crimes mais chocantes e midiáticos do Brasil, ocorrido em 29 de março de 2008, em São Paulo. Isabella de Oliveira Nardoni, uma menina de apenas 5 anos, morreu depois de ser jogada do sexto andar de um edifício residencial na zona norte da cidade.

Investigação e julgamento

As investigações mostraram que Isabella foi agredida dentro do apartamento antes de ser arremessada pela janela. Os principais suspeitos desde o começo foram o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá.

• Cenário do crime: Isabella foi encontrada caída no jardim do prédio, com sinais de asfixia e lesões compatíveis com agressões anteriores à queda.
• Provas técnicas: exames periciais indicaram marcas de sangue no apartamento e sinais de tentativa de limpeza. Além disso, a tela de proteção da janela havia sido cortada.

A versão dos acusados

Alexandre e Anna Carolina alegaram que um invasor teria entrado no apartamento e cometido o crime. No entanto, as evidências apresentadas contradiziam essa hipótese, incluindo a falta de indícios de arrombamento.

A condenação do casal Nardoni

Depois de um longo processo judicial e intenso acompanhamento midiático:

• Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão.
• Anna Carolina Jatobá recebeu pena de 26 anos e 8 meses.

Ambos foram sentenciados por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) e fraude processual (tentativa de alterar a cena do crime).

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