Antigripal cura a gripe? Entenda como o remédio funciona no corpo

Presença frequente nas gôndolas de farmácias e até nos caixas de alguns mercados, os antigripais são parte da cultura popular. Desde remédios caseiros até marcas que criaram bordões inesquecíveis na cabeça do brasileiro, as chamadas curas para a gripe são, na verdade, apenas um auxílio. Vamos entender se o antigripal cura a gripe?

O que é a gripe?

A gripe, embora muitas vezes considerada uma doença leve, é uma das infecções mais perigosas da história. Pandemias como a gripe espanhola de 1918, com cerca de 50 a 100 milhões de mortes em menos de dois anos, dão uma noção da gravidade da doença. Mesmo hoje, a gripe sazonal continua sendo uma ameaça significativa, causando entre 290 mil e 650 mil mortes anuais.

A gripe é uma doença infecciosa comum causada pelo vírus Influenza, que pertence à classe dos vírus RNA. Embora muitas vezes considerada uma doença leve, a gripe pode causar sintomas graves, como febre alta, dores musculares intensas, coriza, tosse, dor de garganta e fadiga. Esses sintomas variam em intensidade de pessoa para pessoa, mas todos têm algo em comum: são manifestações da luta do organismo contra a infecção.

Imagem: New Africa/Shutterstock

Quando o vírus Influenza entra no corpo, ele ataca as células das vias respiratórias, se multiplicando rapidamente e provocando uma resposta quase imediata do sistema imunológico.

Essa resposta inclui a liberação de substâncias químicas que inflamam os tecidos e mobilizam células de defesa para combater o invasor. É essa reação imunológica que gera a maioria dos sintomas da gripe. Por exemplo, a febre é uma elevação intencional da temperatura corporal, projetada para criar um ambiente hostil ao vírus.

Outro sintoma típico, o catarro, surge como parte do esforço do corpo para expulsar o vírus e as células infectadas. A produção de muco nas vias respiratórias aumenta, ajudando a aprisionar as partículas virais e a limpar o sistema respiratório.

O que são os antigripais?

Apesar de serem sinais de que o corpo está reagindo adequadamente, esses sintomas podem ser extremamente desconfortáveis e, em alguns casos, representar riscos à saúde. Por exemplo, o acúmulo de fluidos nos pulmões pode levar à pneumonia, uma complicação grave que afeta a capacidade respiratória.

Imagem: Shutterstock/David Smart

Diante desse desconforto e dos riscos associados, muitas pessoas recorrem ao uso de antigripais. Esses medicamentos são projetados para aliviar os sintomas da gripe, mas não para curar a doença em si.

A gripe, por ser causada por um vírus, depende da ação natural do sistema imunológico para ser combatida. Os antigripais funcionam como um apoio, reduzindo a intensidade dos sintomas e tornando o período de recuperação mais tolerável.

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Os antigripais são formados normalmente por um coquetel de diversos medicamentos, alguns às vezes no mesmo comprimido. Analgésicos e antipiréticos, por exemplo, ajudam a aliviar dores e febre, enquanto descongestionantes reduzem o inchaço nas vias respiratórias, facilitando a respiração.

Antialérgicos combatem sintomas como coriza e tosse, e alguns antigripais também incluem cafeína, que reduz a sonolência causada pela doença ou por outros componentes do medicamento.

Antigripal cura a gripe?

É importante notar que os antigripais variam bastante em suas fórmulas, com combinações específicas para atender diferentes necessidades. Alguns são mais completos, tratando uma gama maior de sintomas, enquanto outros são voltados para problemas específicos, como congestão nasal intensa.

Apesar disso, todos compartilham uma característica em comum: devem ser utilizados com moderação e seguindo as recomendações de frequência e dosagem. Usá-los de forma inadequada pode mascarar sintomas importantes ou até causar efeitos colaterais indesejados.

Embalagem do medicamento Tamiflu de 75 mg com cápsulas em um blister. A embalagem apresenta texto em alemão, destacando "Hartkapseln" e "Oseltamivir". Dez cápsulas amarelas e brancas estão visíveis fora da embalagem.
Tamiflu (oseltamivir), antiviral amplamente utilizado durante a pandemia de gripe suína de 2009 para reduzir a gravidade dos sintomas da gripe. Crédito: Alcibiades, Public domain, via Wikimedia Commons.

Em grupos de risco porém, remédios antivirais podem ser administrados para conter o avanço dos sintomas e da infecção. O Oseltamivir, conhecido comercialmente como Tamiflu, ganhou fama durante a pandemia de gripe suína em 2009. Esse antiviral atua bloqueando a enzima neuraminidase do vírus Influenza, impedindo sua replicação e reduzindo a gravidade e a duração dos sintomas.

Normalmente, a gripe dura de 7 a 10 dias, com os sintomas mais intensos ocorrendo nos primeiros três a cinco dias. Durante esse período, o corpo trabalha para eliminar o vírus, e os sintomas tendem a diminuir gradualmente.

No entanto, é essencial prestar atenção à duração e à evolução da doença. Se os sintomas persistirem por mais de uma semana ou piorarem significativamente, é fundamental procurar ajuda médica. Isso pode ser um indicativo de complicações, como infecções secundárias ou outros problemas de saúde.

Quanto tempo dura uma gripe?

Normalmente, a gripe dura de 7 a 10 dias, com os sintomas mais intensos ocorrendo nos primeiros três a cinco dias. Durante esse período, o corpo trabalha para eliminar o vírus, e os sintomas tendem a diminuir gradualmente.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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