E-190 sofreu ‘interferências externas, físicas e técnicas’. Técnicos do CENIPA e da Embraer seguem para o Cazaquistão

A Azerbaijan Airlines informou que o jato E-190 que  caiu no Cazaquistão sofreu “interferências externas, físicas e técnicas”, citando os resultados preliminares de uma investigação que suscita suspeitas de que a aeronave foi atingida por mísseis de defesa russos.

O Embraer 190, com 67 pessoas a bordo, realizava um voo de Baku, capital do Azerbaijão, para Grozny, capital da república da Chechênia, em território russo, na quarta-feira. O avião caiu em circunstâncias ainda não esclarecidas e pegou fogo perto de Aktau, um porto do mar Cáspio no oeste do Cazaquistão, longe do itinerário planejado. As autoridades do país registraram 38 mortes.

O Kremlin declarou nesta sexta-feira que não faria comentários até que a investigação fosse concluída, após relatos de que a aeronave pode ter sido atingida por mísseis de defesa russos. “Há uma investigação em curso e, até que as conclusões sejam conhecidas, consideramos que não temos o direito de fazer nenhum comentário e não o faremos”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, à imprensa.

A Embraer, fabricante do avião, expressou suas “condolências” a todas as “famílias, amigos, colegas e entes queridos afetados por essa tragédia” e afirmou que está “acompanhando de perto a situação”. “Continuamos totalmente empenhados em apoiar as autoridades competentes”, declarou a empresa. “Em resposta, enviamos imediatamente uma equipe de especialistas ao local para prestar assistência técnica na investigação”, informou o diretor-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto.

Além dos especialistas da Embraer, a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou ontem que enviou três investigadores do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) ao Cazaquistão para oferecer suporte técnico ao país durante as investigações da queda de um avião.

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