Defesa de Braga Netto vai pedir acareação entre general e Mauro Cid

A defesa do general Walter Braga Netto, afirmou que vai solicitar à Polícia Federal (PF) uma acareação entre o ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid. O advogado José Luis de Oliveira Lima deu a declaração nesta sexta-feira, 27, à Globonews.

“Eu quero os dois ali um na frente do outro”, declarou o advogado de Braga Netto. A acareação coloca duas ou mais pessoas frente a frente para confrontar suas versões, com o objetivo de esclarecer contradições.

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O ex-ministro da Defesa foi preso no dia 14 de dezembro, no Rio de Janeiro, acusado de obstrução de justiça em uma investigação sobre uma organização golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Na decisão de prisão, constam trechos da delação de Mauro Cid ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele indicou o envolvimento de Braga Netto em um suposto plano de golpe. O general nega participação.

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, é o responsável por delatar um suposto golpe de estado | Foto Lula Marques/ Agência Brasil

Defesa de Braga Netto questiona credibilidade de Mauro Cid

A defesa de Braga Netto criticou a credibilidade das declarações de Cid, chamando-o de “mentiroso contumaz”. O advogado destacou que a delação premiada de Cid foi feita depois de ele ter passado 128 dias preso.

José Lima argumentou que a delação deve ser usada por quem cometeu um crime e pode apresentar provas, o que não seria aplicável ao general.

Investigações da PF usaram conversas de WhatsApp de Braga Netto como evidência. Em um diálogo, quatro dias antes do fim do governo Bolsonaro, o general prometeu um cargo a um indicado “se a gente continuar”. Essas mensagens são vistas como parte das evidências da suposta conspiração.

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A defesa afirma que o general negou envolvimento em um golpe de estado. Ele define a prisão como “desprovida de apoio em prova sólida”, destacando os 42 anos de serviço de Braga Netto ao Exército brasileiro. O advogado expressa confiança na sinceridade do general devido ao seu histórico.

Apesar de considerar a colaboração de Mauro Cid como fundamental no relatório da polícia, a defesa do ex-ministro ainda não teve acesso completo ao processo. José Lima insiste que a prisão do general foi precipitada e sem fundamentos robustos, ressaltando a reputação e o histórico do general como oficial de alta patente.

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