Jovens desistem de atravessar ponte minutos antes de sua queda

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O colapso da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira entre as cidades de Aguiarnópolis no Tocantins e Estreito no Maranhão gerou perplexidade e preocupação entre moradores e frequentadores da região. O incidente deixou um rastro de destruição e lançou luz sobre as questões de infraestrutura no país. Por questão de minutos, os primos Angelly Filho, de 20 anos, e Roger Sousa Brito, de 21, evitaram atravessar a ponte, no instante em que a estrutura veio abaixo. O desabamento resultou em pelo menos oito mortes e nove desaparecimentos.

Ao G1, o estudante de medicina Angelly contou o que aconteceu: “Meu primo compartilhou que tinha visto uma notícia e informou a gente que a ponte tinha umas deformidades e rachaduras. Mas eram recorrentes essas falas em relação a ponte, nenhum de nós imaginávamos que o estado da ponte se encontrava tão crítico ao ponto de cair”.

“Vi um enorme fluxo de caminhões, então eu fiquei com um pouco de medo de passar, e aí eu encostei no acostamento bem perto da ponte e fiquei esperando esse fluxo passar. A gente viu as rachaduras, o barulho enorme, que fez um estrondo e a gente desceu para praia e viu a ponte caída, aquela fumaça toda. Foi um desespero”, acrescentou Roger.

A tragédia aconteceu em meio a um intenso fluxo de veículos, incluindo caminhões pesados que faziam a travessia diária. Antes do colapso, preocupações sobre a integridade da ponte já circulavam entre os usuários frequentes, como demonstrado pelo relato de usuários que notaram fissuras e rachaduras significativas na estrutura. Infelizmente, o alerta não foi suficiente para evitar a tragédia.

O que aconteceu com a ponte em estreito?

O colapso da ponte foi abrupto, apanhando muitos de surpresa. Jovens que estavam a caminho de uma atividade de lazer pararam antes da travessia, alarmados pelo influxo de caminhões. Mal sabiam eles que essa decisão os tiraria do caminho do desastre iminente. Após o desabamento, o cenário foi de caos, mas também de alívio para aqueles que, por pouco, evitaram o desastre.

As autoridades rapidamente instauraram uma força-tarefa para lidar com as consequências do desabamento. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) havia registrado contratos de manutenção e estava em vias de lançar um novo edital para a reabilitação da ponte, medida que, apesar de prevista, não foi concretizada a tempo.

Quais medidas estão sendo tomadas?

Com a tragédia, medidas emergenciais foram colocadas em prática. Uma das primeiras ações foi a busca e identificação dos corpos das vítimas, além da assistência aos sobreviventes. Paralelamente, o governo decretou estado de emergência para agilizar o processo de reconstrução da ponte. O Ministro dos Transportes anunciou planos para a reconstrução, prometendo que a nova estrutura estaria pronta no prazo de um ano, com um vultuoso investimento previsto.

As autoridades locais também trabalham em desvio de tráfego e novas rotas, visando minimizar o impacto sobre o trânsito na região. Desvios foram estabelecidos temporariamente para garantir que os motoristas pudessem chegar aos seus destinos sem grande transtorno.

O impacto do desabamento foi sentido não apenas pelas vítimas diretas e suas famílias, mas também pela estrutura socioeconômica da região. A ponte servia como um eixo vital para o transporte de mercadorias, especialmente entre o Tocantins e o Maranhão. A comunidade local procura agora apoio federal para garantir a travessia segura por meio de balsas, enquanto a ponte não estiver pronta.

A resposta da população incluiu manifestações de solidariedade e cobrança por soluções definitivas para evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro. O governo estadual reconhece a urgência de tais melhorias e busca implementar medidas que garantam a segurança e a integridade das estruturas viárias em todo o estado.

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