Um mês após a queda de avião que deixou cinco mortos no interior de SP, FAB e Polícia Civil seguem investigando as causas do acidente


A investigação inicial aponta que a aeronave bateu em um morro, pegou fogo e depois caiu em Santa Branca (SP). O acidente aconteceu no período da noite, em 23 de outubro de 2024, durante uma tempestade. Cinco pessoas morreram. Jefferson, Sylvia, Erisson, Dulcival e Joseilton morreram no acidente de avião
Reprodução
Um mês após a queda do avião de pequeno porte que deixou cinco mortos em Santa Branca, no interior de São Paulo, a Polícia Civil e a Força Aérea Brasileira seguem investigando as causas do acidente. A queda ainda é tratada como causa indeterminada.
A queda do avião ocorreu no dia 23 de outubro deste ano, no período da noite, durante uma tempestade, em Santa Branca, no Vale do Paraíba, interior de SP. O avião tinha cinco ocupantes e não houve sobreviventes – leia mais detalhes abaixo.
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A investigação da queda do avião tem duas frentes. A Polícia Civil faz a investigação criminal do acidente, enquanto o Cenipa investiga, por meio do conteúdo da caixa-preta e outras ações, o que aconteceu para resultar no acidente fatal.
Os detalhes do que foi gravado na caixa-preta ainda estão sendo averiguados pelo Cenipa, e, segundo o órgão, a principal função da caixa-preta não está ligada com estabelecer culpados pelos acidentes, mas sim ajudar a identificar as causas e ajudar na prevenção deles.
Em nota, a Força Aérea Brasileira, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), informou que está em andamento a investigação da ocorrência envolvendo a queda da aeronave.
No painel online do Cenipa, onde são reportados os dados preliminares da investigação, a causa do acidente ainda é tratada como indeterminada.
Ainda segundo o Cenipa, o órgão tenta concluir a investigação o mais breve, mas não há um prazo estabelecido para a finalização dos trabalhos. Quando concluído, o relatório final será divulgado de maneira pública pela Força Aérea Brasileira.
Já a Polícia Civil informou que apura as circunstâncias da queda do avião e aguarda a conclusão do laudo técnico que está sendo elaborado pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA). O documento é fundamental para o prosseguimento da análise e a finalização do inquérito policial.
A aeronave decolou do aeródromo Hercílio Luz (SBFL), em Florianópolis, Santa Catarina, com destino ao aeródromo da Pampulha – Carlos Drummond de Andrade (SBBH), em Belo Horizonte, Minas Gerais, a fim de realizar um voo de translado com dois tripulantes e três passageiros a bordo.
Durante o voo, ocorreu a perda de contato de um radar com a aeronave. Depois, por volta das 21h45, o avião foi encontrado caído em uma área de plantação de eucaliptos em uma região de mata, no limite entre os municípios de Santa Branca e Paraibuna. O avião ficou destruído e todos os ocupantes morreram.
Equipes dos Bombeiros atuaram no resgate dos corpos de vítimas de acidente aéreo em Santa Branca (SP)
Divulgação/Corpo de Bombeiros
O acidente
Um avião de pequeno porte caiu no dia 23 de outubro deste ano, numa área de mata em Santa Branca, no interior de São Paulo, e deixou cinco mortos.
Todos os cinco mortos na queda do avião moravam em Salvador, na Bahia. A empresa de táxi aéreo, Abaeté Aviações, tem sede na capital baiana.
Na aeronave, estavam o comandante, o copiloto, um mecânico de aviões, uma médica e um enfermeiro. Todos voltavam de um serviço feito em Florianópolis, em Santa Catarina.
Os ocupantes do avião eram:
Jefferson Rodrigues Ferreira – comandante que pilotava o avião
Dulcival da Conceição Santos – copiloto do avião
Sylvia Rausch Barreto – médica
Erisson Silva da Conceição Cerqueira – enfermeiro
Joseilton Borges – mecânico de aeronaves
Equipes dos Bombeiros atuaram no resgate dos corpos de vítimas de acidente aéreo em Santa Branca (SP)
Divulgação/Corpo de Bombeiros
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o avião sumiu dos radares de monitoramento às 18h39. O avião é um Embraer-121 Xingu, com oito assentos, que partiu de Florianópolis (SC) e seguia para Belo Horizonte (MG), onde abasteceria. O destino final era Salvador (BA).
Perto das 23h, os bombeiros informaram que equipes de resgate chegaram ao local onde o avião caiu e encontraram os destroços.
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A área onde o avião caiu fica perto do limite de Paraibuna e Santa Branca, municípios a cerca de 100 quilômetros da capital paulista. Moradores da região relataram um ruído que identificaram como uma falha num motor. Logo em seguida, um estrondo de explosão.
A queda ocorreu durante uma tempestade. De acordo com os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a precipitação acumulada de chuva em Paraibuna era de 44,2 milímetros no dia. No intervalo entre 18h e 19h — horário em que ocorreu o acidente –, a precipitação era de 27,4 milímetros de chuva.
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No dia 24 de outubro, as equipes dos Bombeiros encontraram a caixa-preta do avião. O objeto foi entregue a militares do Seripa 4, órgão regional do Cenipa em SP.
O Cenipa confirmou que o gravador de voz da cabine (Cockpit Voice Recorder – CVR), popularmente conhecido como caixa-preta, foi localizado e encaminhado para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) do Cenipa, em Brasília (DF), onde é feita a análise.
Queda de avião de pequeno porte em Santa Branca (SP)
g1
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