Anônimo paga US$ 15 mil pelo domínio HarrisWalz.com (rádio)

Kamala Harris e Tim Walz desembarcam em Eau Claire, WisconsinKAMIL KRZACZYNSKI

KAMIL KRZACZYNSKI

Quando Kamala Harris anunciou Tim Walz como seu companheiro de chapa pelo Partido Democrata na terça-feira (6), o domínio HarrisWalz.com estava registrado havia quatro anos.

O advogado especializado em marcas Jeremy Green Eche, de 36 anos, uma espécie de “registrador de domínios”, acaba de vendê-lo a um suposto apoiador de Kamala por 15 mil dólares (85 mil reais), segundo a rádio pública americana NPR.

Algumas vezes por ano, Eche registra em páginas como GoDaddy e Name.com. candidaturas presidenciais hipotéticas. De acordo com seu perfil no Instagram, ele possui mais de 4 mil domínios registrados.

Em 2020, Eche antecipou a possibilidade de a vice-presidente americana disputar a eleição presidencial, e registrou 15 domínios com o nome dela e o de possíveis candidatos – “homens brancos” – para formar a chapa, entre eles o dos governadores JB Pritzker (Illinois), Jay Inslee (Washington) e Tim Walz (Minnesota), e o do senador da Pensilvânia John Fetterman.

“Acho muito divertido registrar domínios e ter esse tipo de recompensa, em que eu tiro a sorte grande e consigo que falem de mim”, disse à NPR Eche, que costuma pagar menos de 10 dólares (56 reais) por um domínio e os renova anualmente, na esperança de um milagre como o de ontem voltar a acontecer.

Em 2016, Eche foi bem-sucedido com o domínio ClintonKaine.com, quando a então candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, escolheu o senador Tim Kaine como companheiro de chapa. Segundo o advogado, a campanha de Hillary lhe ofereceu 2 mil dólares (11 mil reais) pelo domínio, o que fez ele recusar a oferta, pois esperava receber 10 mil (56 mil reais).

Mais tarde, Eche vendeu o domínio por 15 mil dólares para um comprador anônimo, que fazia parte da campanha de Trump. Ela o usou para publicar notícias contra Hillary durante a eleição.

Desta vez, logo após o anúncio do governador de Minnesota como companheiro de Kamala, um suposto apoiador da vice-presidente comprou o domínio. “Não quis esperar que a campanha de Kamala entrasse em contato e correr o risco de não vendê-lo”, explicou Eche à rádio.

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