Pirâmides egípcias podem ter sido construídas com ajuda surpreendente, revelam cientistas

Pirâmide de Djoser, no EgitoReprodução/WIKICOMMONS

Um novo estudo publicado na biblioteca pública de conhecimento científico Plos One sugere que a Pirâmide de Djoser, conhecida também como a Pirâmide de Degraus ou Pirâmide de Sacará, foi construída com a ajuda da água.

Segundo o estudo, os egípcios usavam um sistema unificado de elevação hidráulica movido pela força da água para levantar as pedras — ou os “degraus” — da pirâmide.

Teorias anteriores sugeriam que os egípcios construíram as pirâmides a partir de rampas e degraus. Agora, o novo estudo aponta que os arquitetos usaram a força d’água dos canais nas proximidades para construírem suas estruturas.

“Os antigos egípcios são famosos por seu pioneirismo e maestria no uso de canais hidráulicos para irrigação e balsas para carregarem grandes estruturas”, diz o autor do estudo. 

Ele argumenta que os antigos egípcios usavam água pressurizada em um poço interno para fazer com que as pedras “flutuassem” em direção aos níveis superiores da estrutura, num processo conhecido como construção em “vulcão”.

Entenda:

Suposto esquema hidráulico de construção das pirâmidesReprodução/Airbus D&S SAS library

Os pesquisadores dizem ter encontrado provas de um sistema unificado de filtragem de água e de um sistema hidráulico na pirâmide que purificava a água dos canais próximos e regulava o seu fluxo para utilizações práticas.

Eles sugerem que a pirâmide pode ter sido construída na vazante de uma bacia hidrográfica, e que o complexo vizinho de Gisr el-Mudir era uma enorme reserva de sedimentos com uma barragem aberta.

Os pesquisadores também afirmam que descobriram possibilidade de um lago seco na região oeste da pirâmide, que provavelmente encheu o “fosso” que fica ao redor do grupo de pirâmides. Eles acreditam que o lago tinha uma ligação ao interior das pirâmides por baixo do solo para encher esse poço interno.

“A arquitetura interna da pirâmide é consistente com um dispositivo de elevação hidráulica nunca relatado”, concluem os autores.

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