Professor que morreu em queda de avião em Vinhedo será velado e enterrado em Ourinhos


Adriano Daluca Bueno, que tinha 47 anos, é uma das 62 vítimas do acidente aéreo. Ele estava acompanhado da esposa Raquel Ribeiro Moreira, professora da Unioeste e formada no curso de Letras. Adriano será sepultado nesta quarta-feira (14) em sua cidade natal. Adriano Daluca Bueno, de 47 anos, natural de Ourinhos (SP), é uma das 62 vítimas da queda do avião em Vinhedo (SP)
Reprodução/Facebook
O professor Adriano Daluca Bueno, que estava no avião que saiu de Cascavel (PR) e caiu em um condomínio em Vinhedo (SP), vai ser velado a partir das 13h no velório São Benedito e enterrado às 16h no Cemitério Municipal de Ourinhos (SP) nesta quarta-feira (14). O acidente ocorreu na tarde de sexta-feira (9).
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Adriano Daluca Bueno, de 47 anos, natural de Ourinhos (SP), é uma das 62 vítimas do acidente aéreo. Ele estava acompanhado de sua esposa Raquel Ribeiro Moreira, professora da Unioeste e formada no curso de Letras. Ela será velada e enterrada em Cascavel.
A última publicação de Adriano em suas redes sociais foi elogiando Isaquias, que foi medalhista na canoagem C1 1000 metros, feita horas antes do acidente.
Adriano Daluca Bueno prestou homenagens ao atleta Isaquias Queiroz nas Olimpíadas
Reprodução/Facebook
Adriano era professor do Colégio Estadual “Dario Vellozo”, em Toledo (PR). O professor era formado, desde 2005, em engenharia de materiais pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e também era engenheiro de segurança no trabalho e de produção, professor e empresário.
O diretor do Setor de Engenharias, Ciências Agrárias e de Tecnologia (Secate), Adilson Luiz Chinelatto, lembrou que Adriano entrou no curso em 1996 e era muito querido pelos professores e pela turma. Por ser do interior de São Paulo, era carinhosamente conhecido por Paulista.
Avião com 62 pessoas a bordo cai em Vinhedo
Outra passageira nascida no centro-oeste paulista, a professora Silvia Cristina Osaki, que era natural de Iacri (SP), teve seu corpo identificado e liberado na segunda-feira (12). Respeitando os desejos de Silvia, sua irmã, Márcia Osaki, informou que não haverá velório e ela será cremada. A família preferiu não divulgar o local.
A professora era apaixonada por esportes e animais de estimação, e era formada em medicina veterinária e lecionava no curso do campus de Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A queda
Imagem de radar mostra trajeto e queda de avião que saiu de Cascavel (PR)
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas, a partir das 13h21, a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. A perda do contato radar ocorreu às 13h22.
A aeronave caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo, e pertence à companhia aérea Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo. De acordo com a empresa, as vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72.
O avião saiu de Cascavel às 11h46 e pousaria em Guarulhos. A Polícia Federal e a Polícia Civil também investigam separadamente as causas e responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público (MP) acompanha as investigações. A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições.
Trajetória do avião que saiu de Cascavel (PR) e caiu em Vinhedo (SP)
Arte g1
Em nota, a Voepass disse priorizar “prestar irrestrita assistência às famílias das vítimas” e que colabora com as autoridades para apuração das causas do acidente. Segundo a empresa, a aeronave decolou de Cascavel sem nenhuma restrição de voo, com todos os seus sistemas aptos para a realização da operação.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a aeronave foi fabricada em 2010 e estava em condição regular para operar, com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos. De acordo com a agência, os quatro tripulantes estavam devidamente licenciados e com as habilitações válidas.
Avião com 62 pessoas despenca sobre área residencial de Vinhedo (SP)
Reprodução/TV Globo
“A Anac continua monitorando a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa. Além disso, a agência segue no acompanhamento dos desdobramentos das investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)”, diz o comunicado.
A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o acidente. No início da noite de sexta, a FAB confirmou ter encontrado as caixas-pretas, que depois seriam enviadas a Brasília (DF).
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