Onda de chuvas intensas traz alerta de riscos em todo o Brasil

Onda de chuvas intensas traz alerta de riscos em todo o Brasil

O início de janeiro de 2025 foi caracterizado por extremos climáticos no Brasil, com chuvas intensas em algumas regiões e uma preocupante falta de precipitação em outras. Esse padrão irregular trouxe desafios significativos para a agricultura e a infraestrutura, destacando a variabilidade do clima no país. Na região Centro-Oeste, especificamente no Mato Grosso, a chuva excessiva impactou negativamente a colheita de safras, enquanto o Sul enfrentou um déficit de chuvas, afetando a produtividade agrícola.

As regiões principais afetadas foram o Vale do Ribeira, no estado de São Paulo, partes de Minas Gerais, o Nordeste, e áreas do Mato Grosso, onde as condições climáticas resultaram em incidentes trágicos. As inundações no Vale do Aço, em Minas Gerais, causaram perdas humanas, enquanto regiões da Bahia e de Sergipe enfrentaram consequências semelhantes. No entanto, um cenário diferente foi observado no Sul do Brasil, que experimentou temperaturas amenas para a estação, devido a uma massa de ar frio vinda do Atlântico.

Como as chuvas impactam diferentes regiões do Brasil?

No Norte do Brasil, as condições de chuva são influenciadas pelo chamado “inverno amazônico”, quando a precipitação atinge seu auge. Estados como Pará, Amazonas e Rondônia registraram chuvas volumosas, contribuindo para o aumento dos níveis dos rios e impondo desafios à infraestrutura local. No Nordeste, as precipitações foram particularmente intensas no Ceará, no norte do Maranhão e do Piauí. Embora as chuvas tragam alívio para algumas áreas secas, também aumentam o risco de deslizamentos de terra em regiões montanhosas.

No Centro-Oeste, Mato Grosso e Goiás verificaram precipitações acima da média, enquanto o Mato Grosso do Sul experimentou uma elevação nas chuvas durante a segunda metade do mês. Essa variação proporcionou tanto desafios quanto benefícios para as zonas agrícolas, uma vez que a chuva é crucial para a agricultura, mas o excesso pode causar danos.

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Chuva forte – Créditos: depositphotos.com / VBaleha

Quais as consequências do clima em janeiro na agricultura?

A explicação para os desafios enfrentados pela agricultura brasileira em janeiro reside tanto no excesso quanto na falta de chuva. No Sul, particularmente em Santa Catarina e no Paraná, o aumento da precipitação na segunda quinzena do mês veio como um alívio para os agricultores, que enfrentaram um início de ano seco. No entanto, no Rio Grande do Sul, as chuvas foram desiguais, o que fez com que algumas áreas permanecessem com níveis de umidade abaixo do desejável.

O impacto na agricultura do Centro-Oeste, especialmente no Mato Grosso, foi misto. Enquanto a chuva é vital para o crescimento das culturas, o excesso pode prejudicar os processos de colheita e armazenagem, além de aumentar a susceptibilidade a doenças vegetais. Essa dualidade exige que os agricultores se adaptem às constantes mudanças climáticas para maximizar seus rendimentos.

O que esperar do clima em janeiro com chuvas e calor extremos?

A previsão para o restante do mês de janeiro sugere uma continuação desse padrão climático desigual. A expectativa é de chuvas fortes e localizadas em todas as regiões do país, com potencial para inundações e deslizamentos de terra. O aumento da temperatura geral em grande parte do território nacional poderá intensificar os temporais de verão, particularmente no Sul e no Mato Grosso do Sul. As temperaturas elevadas, combinadas com a umidade das chuvas, podem resultar em condições ideais para tempestades isoladas de verão, incluindo granizo e ventos fortes.

À medida que janeiro avança, a população e as autoridades devem estar alerta para os riscos associados a essas condições climáticas extremas. A capacidade de se adaptar a essas mudanças é crucial para mitigar os impactos na vida cotidiana e na economia brasileira.

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