Um símbolo associado à opressão nazista voltou a circular no debate público, desta vez compartilhado pelo próprio presidente dos Estados Unidos. Donald Trump republicou em sua plataforma Truth Social a imagem de um triângulo rosa invertido, sobreposto por um sinal vermelho de proibido. A postagem reacendeu preocupações e gerou forte reação da comunidade LGBTQIA+.
A imagem acompanhava um artigo de opinião assinado pelo colunista Jeremy Hunt, do jornal conservador The Washington Times. O texto elogiava o governo Trump por restringir a presença de militares transgênero nas Forças Armadas. No entanto, a ilustração escolhida carregava um peso histórico evidente: durante o regime nazista, o triângulo rosa identificava homossexuais enviados a campos de concentração. Estima-se que cerca de 15 mil pessoas LGBTQIA+ tenham sido perseguidas, submetidas a castração, experiências médicas forçadas e execuções.
Qual é o contexto por trás da postagem de Trump?
O uso de símbolos históricos não é um caso isolado no governo Trump. Figuras próximas ao presidente, como Elon Musk e Steve Bannon, já foram acusadas de fazer referências a saudações e retóricas associadas ao nazismo.
Além disso, Trump iniciou seu novo mandato promovendo medidas que eliminam iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) de órgãos federais. Seu governo definiu, por decreto, que apenas dois gêneros existem: masculino e feminino. Jovens transgênero perderam acesso a tratamentos médicos e foram proibidos de servir nas Forças Armadas.
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A decisão foi celebrada por Jeremy Hunt, um veterano militar e colunista conservador. No artigo repostado por Trump, ele escreveu:
“O presidente Trump e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, estão realizando em semanas o que geralmente leva anos A desconstrução das distrações da era Biden por este governo e o redirecionamento do Pentágono estão avançando em ritmo alucinante. Aqueles que serviram nas forças armadas da nossa nação não poderiam estar mais gratos.”
O triângulo rosa e sua ressignificação
Se no nazismo o triângulo rosa simbolizava perseguição e morte, a comunidade LGBTQIA+ ressignificou o emblema nos anos 1970, transformando-o em um símbolo de resistência e orgulho. No entanto, a versão divulgada por Trump, com o sinal vermelho de proibição, reacendeu temores de políticas excludentes e ataques a direitos conquistados.
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