Idoso tem dívida de R$ 30 mil em hospital particular e família reage: ‘não tem como pagar’

Mesmo com quatro ordens judiciais exigindo a transferência para uma unidade pública, Walter permaneceu na clínica até receber alta. “Meu pai não tem plano de saúde, mas no plano funerário ele tem a possibilidade de ser atendido na clínica e ter até 12 horas de internação. Além disso, eu teria que pagar”, diz a filha do idoso, Joseane de Almeida.

A principal dificuldade enfrentada por Walter de Almeida e sua família foi a falta de vagas. Secretarias municipais e estaduais de saúde justificaram a situação alegando sobrecarga e ausência de leitos disponíveis nas unidades públicas.

problemas financeiros que o idoso enfrenta

A família buscou assistência judicial para pressionar pela transferência de Walter, alegando risco à saúde pela demora no procedimento necessário de cateterismo. Apesar de quatro decisões judiciais favoráveis, a transferência para um hospital público ou privado não foi realizada, o que resultou na acumulada dívida na clínica particular. .

Como a regulação do sistema de saúde impacta os pacientes?

Funcionários da clínica registraram Walter no Sistema Estadual de Regulação (SER) para facilitar sua transferência. Contudo, a busca por vagas no UPA de Campo Grande e no Instituto Nacional do Coração (INC) resultou em negativas devido à estabilidade clínica de Walter, o que complicou a internação no SUS.

Segundo a Lei nº 8.080/1990, conhecida como Lei Orgânica da Saúde, quando o SUS não pode garantir cobertura, pode recorrer à assistência privada. Neste caso, no entanto, o não-cumprimento das ordens judiciais por parte do Estado leva a questionamentos sobre a eficácia e eficiência do sistema regulatório e das políticas de saúde pública ao garantir atendimento pleno e imediato.