Trabalho sedentário aumentam risco de insônia, segundo estudo

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O sono é crucial para o bem-estar geral das pessoas, mas a natureza do trabalho moderno tem revelado desafios para a saúde do sono. Estudos recentes destacam como empregos altamente sedentários podem aumentar o risco de insônia, afetando diretamente a qualidade do descanso. A investigação publicada no Journal of Occupational Health Psychology sugere que o design do trabalho é um fator significativo para os padrões de sono insatisfatórios.

O estudo analisou a relação entre o emprego e os hábitos de sono de mais de mil trabalhadores ao longo de uma década. Elementos como o uso de tecnologia, atividade física e horários de trabalho foram considerados para entender como essas variáveis podem influenciar o sono. Os resultados revelaram três categorias principais de comportamento em relação ao sono: bons dormidores, dormidores com insônia e dormidores de recuperação.

Como o design do trabalho provoca insônia?

O design do trabalho envolve diferentes fatores que podem modificar a qualidade do sono. Isto inclui a quantidade de tempo que um indivíduo permanece conectado a aparelhos tecnológicos e a rigidez dos horários laborais. Trabalhos não tradicionais, como aqueles que envolvem turnos noturnos, mostram-se especialmente prejudiciais, classificando muitos como dormidores de recuperação. Este grupo depende frequentemente de cochilos ou sono adicional durante os fins de semana para lidar com o déficit de sono acumulado.

Trabalhadores em empregos de colarinho branco tendem a estar nos grupos de bons dormidores ou dormidores com insônia, enquanto aqueles em ocupações de colarinho azul frequentemente enfrentam horários mais exigentes. As consequências podem ser sérias: dormidores com insônia, por exemplo, têm um risco significativamente maior de desenvolver problemas de saúde, como doenças cardiovasculares e diabetes.

Qual é a perspectiva sobre as mudanças nos hábitos de sono?

A mudança nos hábitos de sono devido ao design do trabalho pode perdurar ao longo dos anos. Noventa por cento dos trabalhadores com insônia no estudo continuaram a apresentar sintomas uma década depois. A longa duração do estudo permitiu um acompanhamento mais preciso, destacando a persistência e a resistência das más práticas de sono ao longo do tempo.

  • Bons Dormidores: Pessoas com ciclos de sono regulares e baixos níveis de cansaço diurno.
  • Dormidores com Insônia: Indivíduos com sono interrompido e alta fadiga.
  • Dormidores de Recuperação: Dependem de extras nos finais de semana para compensar o sono irregular.

Quais estratégias podem melhorar a qualidade do sono?

Para quem possui um trabalho sedentário, pequenas mudanças no cotidiano podem aliviar problemas relacionados ao sono. Práticas como o “job crafting”, ou ajustes no trabalho, são recomendadas para alinhar melhor o dia de trabalho com as necessidades do sono. Isso pode incluir pausas curtas para se movimentar ou flexibilizar horários.

Especialistas sugerem também ajustar o uso de dispositivos eletrônicos, especialmente antes de dormir, para minimizar o impacto da luz azul na saúde do sono. Estabelecer rotinas que limitem o uso de tecnologia durante a noite pode ajudar a preservar a qualidade do descanso.

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