Janja resiste a trocas feitas por Sidônio na Secretaria de Comunicação

Com forte influência na gestão anterior da Secretaria de Comunicação Social (Secom), a primeira-dama, Janja, tem resistido às mudanças implantadas pelo futuro comandante da pasta, Sidônio Palmeira.

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De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Sidônio, que pode assumir a secretaria na semana que vem, recebeu “carta branca” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer as alterações que considerar necessárias.

Janja busca manter aliados em posições-chave

Essa autonomia, contudo, tem gerado tensão, pois Janja busca manter seus aliados em posições-chave no governo.

Janja não possui cargo no Executivo. No entanto, conta com uma equipe de 12 pessoas à sua disposição. Seu time é composto de assessores de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e um militar como ajudante de ordens. Essa estrutura, embora informal, custa cerca de R$ 2 milhões por ano aos pagadores de impostos, segundo levantamento do site Poder360.

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Com o objetivo de minimizar os conflitos, a cúpula do Palácio do Planalto considera transferir os aliados de Janja para outras funções dentro do governo. A estratégia visa a apaziguar a tensão crescente entre ela e Sidônio.

Mudança de cargos e a nova liderança na Secom

A situação se complicou ainda mais com a recente demissão do secretário de imprensa José Chrispiniano, que tinha uma longa trajetória de trabalho com Lula. O cargo agora é ocupado por Laércio Portela, que atuava como secretário de Comunicação Institucional.

Janja da Silva discursa no Palácio do Planalto | Foto: Rede EBC/YouTube
Janja da Silva discursa no Palácio do Planalto | Foto: Rede EBC/YouTube

No começo desta semana, o anúncio das mudanças na chefia da Secom foi feito por Paulo Pimenta. Ao lado de Sidônio, ele afirmou que Lula busca um perfil diferente para liderar a comunicação do governo.

Sidônio, por sua vez, disse haver uma necessidade de modernização digital na pasta. “Há uma observação na parte digital, alguns dizem até que é analógica”, afirmou. “Acho que precisamos evoluir nisso.” Ele ainda classificou essa nova fase como um “segundo tempo” para a comunicação governamental.

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