PF indicia seis por bloquearem estradas para eleitores de Lula não votarem  em 2022

Polícia Federal Rodoviária causou diversos tipos de impedimento para eleitores de Lula durante eleições de 2022; foto mostra blitz em ônibusReprodução/redes sociais

A Polícia Federal (PF) indiciou Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF),por barrar deslocamento de eleitores de Lula (PT)em estradas durante as eleições de 2022.

Outros quatro policiais cedidos ao Ministério da Justiça (MJ) foram indiciados no mesmo caso: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar.

A investigação mostrou que os seis indiciados participaram direta ou indiretamente do bloqueio de estradas no Nordeste para impedir que eleitores de Lula votassem nas eleições presidenciais.

Dados mostram que a PRF agiu para o bloqueio e os agentes só se dissiparam depois de Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ameaçar prisão.

Qual foi quebra de lei?

A PF indicou que, nesse ato, os homens descumpriram o artigo 359-P do Código

Penal:

“Restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.”

A pena, caso sejam culpados, pode ser reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Prisão

A PF pediu mais tempo ao STF para investigação e interrogatórios antes do relatório final. Mesmo assim, Torres e Moraes estiveram presos este ano.

Torres ficou preso entre janeiro e maio de 2024 por omissão nos atos de 8 de janeiro; Silvinei estava em prisão preventiva até a quinta, 8, investigado por interferir nas eleições de 2022 em benefício de Jair Bolsonaro.

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